Trabalhadores vítimas de terrorismo se manifestam de forma pacífica na Rota 5 Sul, na altura de Collipulli
Trabalhadores florestais da região, cansados das nulas gestões realizadas pelo Governo diante dos atos de violência, clamam por segurança e pela dignidade de trabalhar tranquilos, sem o medo de serem vítimas de terroristas. Eles paralisaram por momentos a Rota 5 Sul, na altura de Collipulli.
Eles apontam como razão a violação sistemática dos direitos humanos dos trabalhadores: o direito ao trabalho, ao livre trânsito, a viver onde escolherem e o direito à liberdade de expressão. Também afirmam que houve um silêncio cúmplice, desumano e descarado dos três poderes do Estado. O poder Executivo alega estar realizando muitas gestões e ações, mas isso não se traduz na realidade, ficando apenas no discurso. O poder Judiciário, que se preocupa em proteger os direitos e a presunção de inocência dos criminosos, e não da classe trabalhadora, orgulhosa de trabalhar no campo e gerar matérias-primas tão nobres como a polpa para fazer papel higiênico, fraldas, máscaras, entre outros. E o poder Legislativo, onde fazem um apelo a toda a classe política para que promulgem ou descongelem leis que garantam a segurança e a reparação das verdadeiras vítimas do inferno constante vivido em La Araucanía e Arauco.
Através de um comunicado, trabalhadores vítimas de terrorismo em La Araucanía e Arauco, agrupados na Astrasur (Trabalhadores Unidos pela Justiça), interpelaram deputados e senadores como culpados morais e penais pelos feridos e mortos que o narcoterrorismo deixará em nossa amada terra, se continuarem a avalizar a violência e abandonarem os trabalhadores, empreendedores e residentes desta região. “Vocês, políticos de esquerda, que enchem a boca falando do povo – ‘ESTE É O VERDADEIRO POVO’ – aquele que se levanta muito cedo para levar o pão para suas casas, demonstrem que estão preocupados conosco e trabalhando em ações. Somos a favor da paz e contra a supremacia étnica que tentaram impor.”
Após a chegada de Carabineiros ao local, eles lamentaram profundamente, através de suas redes sociais, que a autoridade policial de alto escalão tenha um tratamento prepotente e desdenhoso com os trabalhadores de La Araucanía e Arauco, que sistematicamente têm sido extorquidos, agredidos, feridos e até assassinados. “Neste momento, teríamos desejado de todo o coração que vocês, Carabineiros do Chile, nos tivessem protegido, como juraram à sua bandeira e à pátria. Saibam que também nos manifestamos por vocês, pelos carabineiros que saem para realizar diligências na região e que, assim como nós, covardemente têm sido agredidos e até assassinados.”