Após novo atentado em Tirúa, contratista florestal implora: "Por favor, precisamos trabalhar em paz"
Um novo atentado foi registrado nesta segunda-feira na comuna de Tirúa, na Região de Biobío, após encapuzados obrigarem um motorista a descer de um furgão utilizado para transportar trabalhadores florestais. O veículo foi queimado e deixaram panfletos assinados pela organização Weichán Auka Mapu.
Trata-se do primeiro atentado ocorrido na zona após o fim do estado de exceção na macrorregião sul neste fim de semana. Sobre o ataque, o capitão Cristián Vallejos, subcomissário dos Carabineiros em Tirúa, relatou que o motorista informou que "indivíduos desconhecidos, encapuzados e armados com armas de fogo, o teriam ameaçado e intimidado, obrigando-o a descer do veículo para depois incendiá-lo".
René Muñoz, gerente da Associação de Contratistas Florestais, comentou que "após dois dias do término do estado de exceção, ocorreu o primeiro atentado a uma empresa contratista florestal da comuna de Tirúa, e queremos destacar isso porque é o primeiro atentado após o fim do estado de exceção, mas é o sétimo que registramos no mês de março".
"A tendência de aumento nesse tipo de ação continua, com ou sem estado de exceção, e este é nosso apelo às novas autoridades: Por favor, precisamos trabalhar em paz e tranquilidade", implorou.
SUBSECRETÁRIO SUSPENDE REUNIÃO COM VÍTIMAS
Para esta segunda-feira estava programada a visita do subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, à região, onde se reuniria com a Fundação de Vítimas do Terrorismo, porém, o encontro não aconteceu.
Seu presidente, Fernando Fuentealba, lamentou "profundamente o cancelamento por parte do subsecretário do Interior, don Manuel Monsalve, que iria se reunir com as vítimas e seus líderes aqui na cidade de Cañete".
"Fazemos um apelo urgente às autoridades, tanto ao subsecretário quanto à ministra do Interior, que nos recebam em Santiago. Não temos problemas em viajar, mas precisamos nos reunir urgentemente para saber em primeira mão qual é a estratégia que vão desenvolver em nossa região para recuperar a segurança, o estado de direito e a convivência dos habitantes da província de Arauco", pediu.
Fonte:Cooperativa.cl