Paisagem: a chave do trabalho atual e futuro da ARAUCO
Paisagem Produtiva Protegida é o modelo de gestão que a ARAUCO está começando a implementar após um árduo trabalho para definir as paisagens e sistemas de escala local que serão fundamentais para o desenvolvimento sustentável dos territórios.
Este modelo é uma forma de enxergar o território em escala de paisagem, o que permite integrar a produção da empresa com a conservação do meio ambiente e da biodiversidade em um contexto de promoção e desenvolvimento econômico e social. “Nosso objetivo é configurar nossa forma de fazer as coisas com o olhar local, com os desafios de cada território, buscando ser, do ponto de vista produtivo, protagonistas do bom desenvolvimento dos diversos lugares dos quais fazemos parte. Não queremos ser parte de um problema, mas sim parte da solução”, afirma Ricardo Austin, Gerente de Patrimônio da ARAUCO.
Para isso, a empresa estruturou sua operação em 22 paisagens, tendo cinco grandes desafios:
• Dialogar: Construção de alianças com o território por meio do diálogo permanente.
• Proteger: Incorporar processos de boas práticas e melhoria contínua em matéria ambiental, monitoramento da biodiversidade e de variáveis socioambientais.
• Produzir: Planejamento de uso e manejo da operação com escala local.
• Conhecer: Comunicação interna e externa ampla, conhecer e ser conhecido.
• Contribuir: A partir do que fazemos, em uma relação virtuosa com os diversos territórios.
O que é uma Paisagem Produtiva Protegida, PPP?
É um território delimitado, que inclui tanto áreas de produção como áreas de proteção ambiental em harmonia e vinculadas ao entorno e ao desenvolvimento social. Estas são administradas sob um modelo de gestão que contribui para a integração de elementos próprios de cada lugar, assim como a união de esforços e associatividade entre os atores do território, públicos e privados.
A partir de cada paisagem, planeja-se a atividade produtiva. Por quê? Porque, graças à operação, são gerados recursos humanos, econômicos, técnicos e outros necessários para a preservação do entorno natural e para o desenvolvimento de atividades de fortalecimento econômico e social. Assim, a gestão florestal, neste caso, todo o processo, desde o plantio até o abastecimento, passa a ser parte da “solução” e não o motivo das controvérsias.
Nestas PPP estão presentes a identidade local, os atributos produtivos, assim como outras atividades econômicas específicas e tradicionais (agrícolas, frutícolas, industriais, mineradoras, agropecuárias); as comunidades e o componente social e cultural, assim como os aspectos ambientais tanto da ARAUCO como de outros atores.
Por que gerar este modelo?
Porque a empresa busca uma gestão responsável e sustentável da produção florestal, fazendo com que esta complemente e potencialize o desenvolvimento social e ambiental dos territórios. “Porque temos uma trajetória e um valor que hoje podemos multiplicar em cada território, conservando suas tradições e identidade local; gerando alianças com atores locais e, especialmente, transformando-nos em uma empresa que gera bem-estar para os vizinhos tanto no nível econômico, como ambiental e social”, destaca Juan Anzieta, Gerente de Pessoas, Meio Ambiente e SSO.
“E porque é um caminho que fortalece nosso propósito como companhia: Contribuir para melhorar a vida das pessoas, desenvolvendo produtos florestais para os desafios de um mundo sustentável”, acrescenta Austin.
Programas de desenvolvimento
Atualmente, a empresa possui diversos programas de desenvolvimento e vinculação com vizinhos, que são disponibilizados para as paisagens a fim de potencializar seu impacto territorial.
• Desafio Água: Criado há sete anos, impactou mais de 40 mil pessoas com maior infraestrutura para um acesso maior e melhor ao recurso.
• Restauração e Bosque Nativo: a meta é restaurar 50 mil hectares com bosque nativo.
• Não+incêndios: existe um robusto programa de prevenção de incêndios que, ano a ano, impacta mais de 3.000 pessoas, entre crianças, jovens e vizinhos, realizado em conjunto com atores locais e nacionais como Conaf, Bombeiros e Carabineiros.
• Bosque Aberto: Como o nome indica, busca abrir o patrimônio da empresa para conhecer a enorme diversidade de paisagens e atividades que a natureza oferece em torno do esporte, recreação, turismo, cultura, educação e pesquisa.
• Moradias: busca promover o acesso à moradia para trabalhadores, colaboradores de empresas prestadoras de serviços e famílias da área de influência da empresa. Isso é alcançado por meio de planos de acompanhamento técnico na inscrição para subsídios públicos, apoio financeiro para a contratação de terceiros especialistas para desenvolvimento de projetos, busca e avaliação técnica de terrenos para fins habitacionais e colaboração e aliança com organismos públicos e privados.
Trajetória de vinculação
A ARAUCO possui no Chile um patrimônio de 1.050.246 hectares, dos quais 74% são produtivos e 26% são de bosque nativo; presença em sete regiões com relacionamento em 120 comunas. Há uma década, implementou em seu Manejo Florestal ações e estratégias para gerir suas operações sob exigentes padrões internacionais, privilegiando a compatibilidade entre os aspectos econômicos, ambientais e sociais.
Em sua operação na Argentina, a empresa colocou em prática este modelo há alguns anos, alcançando resultados importantes na relação com seus vizinhos. “É, definitivamente, uma oportunidade concreta para que nossa operação multiplique seu valor em cada território, conservando suas tradições e identidade local; gerando alianças com atores locais e, especialmente, transformando-nos em uma empresa que gera bem-estar para os vizinhos tanto no nível econômico, como ambiental e social”, diz Austin, que implementou este mesmo programa quando liderou a operação florestal no país vizinho.
“Poucas empresas no mundo têm a possibilidade de trabalhar em um prazo tão longo como a nossa. De fato, na ARAUCO planejamos e trabalhamos em prazos de 25 ou 12 anos, dependendo da espécie (pinus ou eucalipto) e, neste contexto, o que fizermos hoje terá impacto em gerações que ainda não nasceram. Então, esta forma de gerir e administrar o patrimônio nos permitirá pensar na sustentabilidade do território, preservando-o para as futuras gerações e, especialmente, fazendo com que a ARAUCO seja mais um vizinho”, afirma Anzieta.