Governador de La Araucanía: Espera-se que as autoridades estejam presentes na zona a nível estratégico
O governador de La Araucanía, Luciano Rivas, criticou a frase da delegada presidencial do Biobío, Daniela Dresdner, onde afirmou que, no momento, não têm "nenhuma maneira de controlar" os atos de violência na região.
Em conversa com El Diario de Cooperativa, Rivas disse que lhe "parece muito complexa uma declaração desse teor de uma autoridade regional".
"Acredito que um dos papéis fundamentais do Estado e do Governo é proteger, e colocar todas as ferramentas que o Estado tem para o controle da segurança, e me parece que esse tipo de frase enfraquece a imagem do Governo. Acho que são bastante inadequadas também a forma como ela não enfrenta a mídia", criticou a autoridade regional.
"Esperar-se-ia que as autoridades em temas de segurança estivessem muito mais presentes e com estratégias trabalhando com o nível central. A verdade é que a situação é muito complicada", alertou o governador.
A autoridade regional também criticou o fim do estado de exceção na zona, afirmando que "já se passaram duas semanas desde que este Estado de Emergência sai da região (e) só para dar um exemplo, nós amanhecemos com outro atentado na comuna de Padre Las Casas, no mesmo lugar onde ocorreu o atentado ontem; em duas madrugadas no mesmo local".
"Não há uma estratégia clara, não há uma preocupação clara sobre este tema. Acho que mais do que uma dose de realidade, o que se espera nestes casos é essa necessidade de estratégia, de inteligência, que infelizmente não vemos", concluiu.
OS CONTRATISTAS FLORESTAIS
Enquanto isso, René Muñóz, presidente dos contratistas florestais, comentou sobre a violência na região, dizendo que "não é mais do que um sinal do que esses grupos terroristas e violentistas estão causando ao setor produtivo e à região em geral. Se extrapolarmos para o que ocorre em outras regiões, como na província de Arauco, vemos que também a desordem e o descontrole se manifestam em ataques aos Carabineiros, em ataques a caminhões, em ataques a trabalhadores".
"O ambiente nessas duas regiões está se tornando cada vez mais perigoso e inseguro", finalizou.
A Associação Gremial de Pequenos e Médios Industriais da Madeira, por sua vez, pediu às autoridades da região que liderem um novo acordo pela paz, no qual sejam convidados todos os setores políticos e sociais do Biobío, La Araucanía e Los Ríos.
Fonte:Cooperativa.cl