Detenção de Llaitul gerou reações em todos os setores políticos
Parlamentares da oposição e do governo se pronunciaram sobre a detenção do líder da Coordenadora Arauco-Malleco (CAM), Héctor Llaitul, efetivada pela PDI nesta jornada na comuna de Cañete, na Região de Biobío.
A notícia chegou justamente quando líderes dos partidos políticos de ambos os setores estavam reunidos com a ministra Izkia Siches em La Moneda, para coordenar medidas em relação ao plebiscito.
"O senhor Llaitul deveria estar preso há mais de dois anos", comentou, ao sair da reunião, o presidente do Partido Republicano, Rojo Edwards.
"Serão os tribunais que terão que se pronunciar sobre o mérito (das acusações)", indicou o secretário-geral do Partido Comunista, Lautaro Carmona.
O secretário-geral do PS, Camilo Escalona, pediu para "não tirar vantagens políticas pequenas" deste procedimento policial, que surgiu — destacou — do Poder Judiciário: "Seria absurdo que tentássemos buscar um resultado (um efeito determinado) para o dia 4 de setembro".
"Valorizo e parabenizo o trabalho do Ministério Público e das polícias por conseguir a detenção de Héctor Llaitul", disse a senadora independente de Temuco, Carmen Gloria Aravena (Evópoli), destacando que a detenção do líder da CAM "reafirma o quão importante teria sido, nesta circunstância, promulgar a lei de infraestrutura crítica que a Câmara dos Deputados rejeitou".
Enquanto isso, o deputado da UDI pela Araucanía, Henry Leal, afirmou que a prisão de Llaitul "pegou o Governo de surpresa". Isso, depois que a ministra do Interior, Izkia Siches, questionada sobre se La Moneda pediria prisão preventiva para o líder da CAM, limitou-se a afirmar que "vamos solicitar as medidas cautelares de acordo com os crimes que forem analisados pelas equipes jurídicas".
"O Governo não está interessado neste tema e foi surpreendido. Lamentamos que não aja com firmeza e que a ministra não tenha dito que vão pedir a prisão preventiva desta pessoa. Isso é agir sem convicções, porque não estão preocupados com o tema, porque só estão preocupados com o plebiscito de 4 de setembro", apontou Leal.
GREMIOS DESTACARAM TRABALHO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O presidente da Corporação Chilena da Madeira, Juan José Ugarte, destacou que "o Ministério Público e as polícias fizeram o trabalho" e manifestou que, nesse contexto, "agora os tribunais devem agir". "A justiça demora, mas chega", afirmou.
René Muñoz, gerente da Associação de Contratistas Florestais, disse que espera "que as provas reunidas pelo Ministério Público nesta causa sejam suficientes para que hoje o Estado de direito funcione na macrozona sul".
CNTC REITEROU PELA EXTENSÃO DO ESTADO DE EXCEÇÃO EM LOS RÍOS E NO NORTE
Da Confederação Nacional do Transporte de Carga, seu presidente, Sergio Pérez, destacou o fato em relação ao "necessário propósito de desarticular o crime organizado nessa parte do país".
"Insistimos em que seria muito tranquilizador que o Governo também estendesse o Estado de exceção a Los Ríos e às regiões do norte afetadas gravemente pela violência", pois "é responsabilidade do Executivo garantir a segurança e o abastecimento do país", afirmou.
Fonte:cooperativa.cl