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Melhoria da precisão nas medições de madeira na cadeia florestal: Chave para aumentar a eficiência, os rendimentos, a sustentabilidade e a confiança

Melhoria da precisão nas medições de madeira na cadeia florestal: Chave para aumentar a eficiência, os rendimentos, a sustentabilidade e a confiança

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Uma das causas significativas na indústria florestal reside no uso de unidades de medição que não refletem com precisão a quantidade nem a qualidade da madeira, as quais variam ao longo da cadeia e que, em alguns casos, podem gerar resultados indesejados, afirmou Rodrigo O’Ryan, presidente da Associação Chilena de Biomassa (Achbiom).

Em muitas ocasiões, tendemos a acreditar que as formas de operar que estão enraizadas há décadas são apropriadas e suficientes. No entanto, às vezes nos deparamos com que as ações de gestão e comerciais, de maneira inesperada, geram impactos opostos ao que esperávamos. Qual é a razão disso? Uma das causas significativas na indústria florestal reside no uso de unidades de medição que não refletem com precisão a quantidade nem a qualidade da madeira, as quais variam ao longo da cadeia e que, em alguns casos, podem gerar resultados indesejados, afirmou Rodrigo O’Ryan, presidente da Associação Chilena de Biomassa (Achbiom).
A seguir, explicou, apresenta-se um quadro que oferece algumas referências das unidades de medição tradicionalmente utilizadas na cadeia florestal segundo o tipo de produtos e subprodutos:
 
A seguir, expõe-se por que utilizar a Massa Seca (BDMT) como unidade de medição representa a opção mais adequada para estabelecer um sistema de medição que abranja todos os elementos necessários para uma gestão moderna no setor: transparência, incentivos adequados para a geração de valor e compartilhamento de valor ao longo da cadeia, junto com um pagamento justo, eficiência logística, redução de emissões e impacto ambiental, maiores rendimentos nos processos produtivos, rastreabilidade precisa da fibra, detecção de corte ilegal e/ou roubo de madeira, entre outros aspectos.


A modo de exemplo, disse O’Ryan, analisa-se o “Metro Ruma", unidade de medida utilizada no Chile, a qual se baseia no volume aparente de toras para celulose. O Metro Ruma considera tanto o volume sólido da madeira quanto o espaço entre os troncos. Consiste em um volume aparente de 2,44m x 1m x 1m de troncos (embora também se aplique com outras dimensões). Dada sua simplicidade e facilidade de medição, tem sido utilizado em múltiplas partes do mundo com variações mínimas. Inclusive, foram desenvolvidas tecnologias de alta complexidade e precisão para esse propósito.


No entanto, o problema subjaz em que essa unidade tem limitações inerentes, ou melhor dizendo, vários "inconvenientes originais". É altamente vulnerável diante das diferenças no ordenamento e nas características dos troncos (diâmetro, curvatura, qualidade de podas, etc.). Além disso, fatores como a “astúcia” de quem comercializa a madeira podem aumentar a distorção, produto do aumento dos espaços entre troncos e, portanto, a relação entre o “Volume Sólido/Volume Aparente”, conhecido como Fator Sólido ou Fator de Empilhamento.


A seguinte imagem ilustra a diferença no Fator Sólido entre dois caminhões carregados com troncos de eucalipto destinados à produção de celulose:
 
Ao comparar um fator de 45% versus um de 80%, temos que, no primeiro caso, temos 1,10 M3 Sólidos e, no segundo, 1,95 M3 Sólidos, ou seja, uma diferença de 77% em volume sólido.


“Mas isso não é tudo. Se considerarmos, além disso, as variáveis internas de caracterização da madeira que não são avaliadas mediante essa unidade de volume aparente, como o conteúdo de umidade (o qual incide no volume sólido devido à contração da madeira ao secar), assim como características estruturais como a Densidade Básica, observamos diferenças ainda mais surpreendentes. O quadro seguinte fornece um exemplo com eucalipto destinado à produção de celulose em diferentes condições físicas e de composição interna”, afirmou.
 
Embora o resultado de 100% de diferença provavelmente esteja dentro dos extremos, na prática, é fácil ver diferenças entre 10% e 25% entre diferentes origens, épocas do ano, idades da madeira, espécies, comprimentos de corte, diâmetros, etc., o que gera múltiplos problemas, mas que, ao mesmo tempo, representa uma enorme possibilidade de melhoria se dermos o salto para a medição da fibra de forma real e precisa.


Com base no exposto, é clara e urgente a necessidade/conveniência de avançar para uma correta medição integral ao longo da cadeia, que nos permita:

  • Quantificar adequadamente os bosques (Origem da cadeia).
  • Rastrear madeira em unidades que realmente meçam madeira (BDMT) e que não estejam expostas às mudanças que esta experimenta na cadeia ao longo do tempo, assim como não serem vulneráveis à manipulação da carga (Isso se aplica a todos os formatos, não apenas toras serráveis).
  • Medir a qualidade da madeira e incentivar o abastecimento de fibra de alta qualidade e de maneira homogênea para cada processo produtivo, reduzindo os consumos e melhorando a qualidade do produto final (Impacto positivo no ponto final da cadeia).
  • Incorporar ferramentas e modelos à cadeia logística que permitam reduzir os custos de abastecimento de fibra (foco em transportar fibra e não água e/ou ar), reduzindo também a pegada de carbono (Menos viagens por unidade de fibra requerida).
  • Ter informação clara, precisa e dinâmica para a gestão desde o bosque até o final da cadeia, eliminando risco corporativo quanto a informações pouco claras ou precisas.
  • Eliminar atritos e desconfianças entre fornecedores e compradores, assim como dentro das próprias empresas. Passar para uma relação transparente e de “ganha-ganha”.

 

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