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Comprometem plantio de 200 mil hectares de florestas em 10 anos

Comprometem plantio de 200 mil hectares de florestas em 10 anos

Na Universidade de Concepción, o ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, junto com a comunidade científica e entidades florestais, liderou o lançamento do processo participativo para "Mais Florestas e Ecossistemas Sustentáveis".

O processo se estenderá por seis meses e busca gerar acordos que permitam o desenvolvimento do setor, com uma planejamento estratégico renovado e planos concretos que considerem o mais amplo espectro de atores e comunidades locais, visando a mudança do atual modelo florestal.

Isso também, conforme destacou o secretário de Estado, está inserido na elaboração de uma nova lei de fomento na área.

“Isso é histórico porque o Presidente Gabriel Boric anunciou, no contexto dos incêndios que tivemos, que iríamos a um diálogo profundo com todos os atores na Zona Sul do país, no setor florestal, para fortalecer um setor mais resiliente, sustentável e também mais produtivo”, explicou o ministro Valenzuela.

O processo ficará a cargo de uma equipe da Corporação Nacional Florestal (Conaf), do Escritório de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa) e do Instituto Florestal (Infor), que terão a tarefa de conduzir e acompanhar este processo que busca validar e ajustar a visão, objetivos e metas até 2050 na área.

Nesse sentido, um dos compromissos assumidos na ocasião consiste no plantio de 20 mil hectares anuais em um prazo de 10 anos.

Além de estabelecer planos de implementação de curto e médio prazo integrando todos os atores do setor e dos territórios, este novo modelo, segundo Valenzuela, fortalece o papel dos ecossistemas florestais e xerófitos, considerando os efeitos das mudanças climáticas, para estabelecer bens e serviços de alto valor e assim gerar uma economia baseada no respeito pela natureza, comunidades e territórios.

“Depois de uma década, em que se esgotaram os instrumentos de fomento, ver também como dialogamos e buscamos uma maneira de avançar para um fomento que valorize nossa madeira com maior presença nas moradias, escolas, em todos os aspectos, mas também em como melhoramos a conservação das florestas e conseguimos recuperar o crescimento, tanto no manejo do bosque nativo quanto na indústria florestal, porque não estamos cumprindo compromissos ambientais”, afirmou o secretário de Estado.

Além disso, o responsável pela pasta da Agricultura mencionou os compromissos assumidos no programa e detalhou que “nos comprometemos a ter 200 mil hectares no setor florestal e estamos longe disso. Temos que alcançar acordos sobre como fazê-lo bem, como todos os atores aqui expressaram, com a vontade de dialogar para, em um processo evolutivo, continuar melhorando as boas práticas da indústria”.

O processo iniciado na UdeC, também entre suas características, tem como objetivo estabelecer as bases para a elaboração de uma proposta de norma vinculada ao setor florestal, aos bosques nativos, ao fomento no setor, entre outros, cuja apresentação está prevista para o primeiro semestre de 2024.

“São conversas que começam aqui, em Concepción, durante seis meses, até que consigamos formular no primeiro semestre do próximo ano uma nova lei, veremos o nome, de mais florestas sustentáveis, uma nova lei de agrofloresta sustentável”, disse Valenzuela, complementando que “parte importante desta agenda, de buscarmos fórmulas para uma nova lei de fomento, é graças à insistência que o Governo ouviu dos diversos atores, pequenos, médios e grandes, do nosso setor florestal”.

Vale destacar que a iniciativa contempla quatro etapas que se estenderão por seis meses, com a participação de representantes do setor público, comunidades locais, associações profissionais, ONGs, sindicatos, povos indígenas, academia, entidades florestais, mulheres indígenas e não vinculadas ao setor florestal. O processo culminará com a entrega de um documento final com os principais acordos alcançados.

Por sua vez, o diretor executivo da Conaf, Christian Little, destacou o início do plano por meio dos diálogos e comentou que “é uma notícia tremenda para nosso setor florestal, para um setor que contribui no desenvolvimento do território. Depois de muitos anos de inatividade pública na discussão de agendas políticas, de médio e longo prazo, inicia-se um amplo processo de discussão para incorporar novas ideias a novos instrumentos de política”.

Outro ponto destacado por Little são os avanços que a iniciativa busca entregar em matéria ambiental, como políticas de neutralidade de carbono e a proteção dos ecossistemas florestais no território nacional.

“Estamos muito felizes também porque há uma vontade de diálogo de todos os atores para chegar a acordos e porque há um reconhecimento da necessidade de transitar para novos paradigmas sobre a importância da contribuição do setor, dos ecossistemas florestais, dos ecossistemas xerófitos, dos bosques nativos, das plantações florestais, diante dos efeitos da crise climática e da contribuição para a neutralidade de carbono”, afirmou o diretor executivo da Conaf.

Por sua vez, Little esclareceu que o programa conta com antecedentes e informações coletadas por diferentes conselhos presentes no território nacional e vinculados ao atual modelo florestal, onde participam diversos atores do setor.

“Não se começa do zero. Aqui há histórias de diferentes entidades, diferentes posições e visões, que estamos coletando há dois anos de discussão no Conselho de Política Florestal, mas também no Conselho da Sociedade Civil, no Conselho do Bosque Nativo. Há uma série de instâncias de diálogo na Mesa da Madeira, entre outras, que permitem captar ideias e também as perspectivas de desenvolvimento de cada uma das entidades, dos pequenos proprietários, das comunidades indígenas, o que permite ter uma linha de base para começar a trabalhar”, concluiu Little.

Entidades

Por parte das entidades e do setor privado, Juan José Ugarte, presidente da Corporação Chilena da Madeira (Corma), enfatizou a construção de uma nova norma para o modelo florestal e destacou que “demos um passo muito importante, que culminará com uma nova lei de fomento florestal voltada ao pequeno e médio proprietário. Isso ocorreu na capital florestal do Chile, a Região do Biobío (…) porque o primeiro passo, para termos esta lei, serão diálogos inclusivos, diálogos nos territórios, diálogos nas comunas, e que nos escutemos mutuamente para construirmos juntos esta visão de futuro”.

Sobre a meta estabelecida na atividade, em relação ao plantio de florestas, Ugarte enfatizou que “o Chile precisa de mais florestas, comprometeu-se com 20 mil hectares, 20 mil estádios nacionais, por ano nos próximos 10 anos. Isso deve ser feito de forma sustentável, próxima às comunidades e aos territórios”.

Paralelamente, a delegada presidencial no Biobío, Daniela Dresdner, afirmou que “por causa dos incêndios florestais, levantaram-se muitas discussões sobre o que devemos fazer com os diferentes setores florestais, mas também com as zonas de interface, com as pessoas que habitam os territórios rurais, e isso faz parte desta discussão”.

Fonte:www.diarioconcepcion.cl

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