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Jaime Ramírez Uribe, o empresário inovador que inventou um sistema para torre de extração de madeira mais eficiente

Jaime Ramírez Uribe, o empresário inovador que inventou um sistema para torre de extração de madeira mais eficiente

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A inovação não é um conceito estranho no setor florestal nacional e, por que não, mundial. As adversidades com as quais se trabalha obrigam a modificar as formas de produção, principalmente quando a maior parte do trabalho é realizada nas florestas.

No planeta, há muitas empresas fabricantes de maquinaria que diariamente estão projetando e criando novas ferramentas, veículos e sistemas que facilitam a tarefa, além de detalhar o que está sendo feito.

Isso é algo que, no Chile, e em particular desde San Pedro de la Paz, na Região de Biobío, também é realizado por Jaime Ramírez, gerente e fundador da Metalmecánica Formatic Ltda., empresa que se dedicou à manutenção, montagem e fabricação de torres de extração de madeira, equipamentos para altas inclinações utilizados para transportar árvores, troncos ou toras desde a floresta até os pátios de acumulação de madeira.

Ramírez, natural de Lota, é técnico mecânico e desde o início dos anos 90 trabalhou em diversas empresas, como chefe de Produção e Serviço Técnico e Pós-Venda, responsável pela área de montagem de torres de extração de madeira, e pela operacionalização e instrução em campo.

Graças a esses primeiros passos e com o passar dos anos, ele foi se especializando no setor florestal. Conversou com contratantes para prestar serviços, mesmo que quisessem empregá-lo. "Eu quis iniciar minha própria empresa e, como me envolvi com as torres de extração de madeira, me especializei nelas", recordou.

 

Capacitados para seguir em frente

Os primeiros anos foram apenas de aprendizado para aprofundar as capacidades, o que resultou na fabricação de um guincho móvel para o avanço de uma linha para a Forestal Millalemu. "Com isso, percebemos que estávamos capacitados para fazer coisas de alto nível e com bons resultados", contou.

Em 2021, começou a análise para fabricar uma torre de extração de madeira, um produto que viu em 1998 na África do Sul, época em que propôs ao chefe que a fabricassem, mas não teve resposta. Não ficou de braços cruzados e realizaram um estudo com os contratantes que tinham torres, identificando as virtudes e falhas que possuíam.

Mas antes, em 2009, sendo chefe de produção na empresa Urus, decidiu propor à fábrica que projetariam e instalariam um rolamento giratório (plataforma giratória) em uma torre Urus III que tivesse um giro de 360°. Tornou-se a primeira torre dessa marca no mundo com esse mecanismo, sendo apresentada na Expocorma no ano seguinte, obtendo boa aceitação dos diversos atores do setor florestal, o que gerou maiores vendas.

Foi assim que, em 2012, teve início a Metalmecánica Formatic Ltda., para apresentar aos contratantes florestais uma nova alternativa nacional de um serviço técnico atualizado para torres de extração de madeira de diferentes marcas.

Atualmente, conta com uma equipe de 14 colaboradores entre profissionais e técnicos para pesquisa e desenvolvimento, conhecido como P&D. Isso se refletiu quando, após um ano de exploração, propuseram fabricar uma torre de extração de madeira para ser montada sobre uma escavadeira com capacidade de 30 toneladas ou mais.

Nesse desafio, destacou Ramírez, foi importante o apoio da empresa SK Comercial, que forneceu uma escavadeira sem custo para realizar os cálculos de potência hidráulica, estruturais, montagem e testes de campo da torre. "Ao reduzir o tonelagem da escavadeira, o equipamento completo tem um peso total de 42 toneladas, o que o torna mais compacto, de fácil transporte, chegando inclusive ao transporte até os pátios de armazenamento, com tecnologia de última geração", explicou.

 

Melhorar o processo

Mas isso não é tudo, porque o executivo indicou que, após meses de pesquisa em equipamentos de extração de madeira para altas inclinações, impuseram-se o objetivo de melhorar o processo de informação que essas máquinas fornecem com a integração de um sistema de controle, monitoramento e telemetria, a fim de aumentar a produtividade e a segurança das operações.

"No fundo, obtêm-se ciclos horários, distância real da extração diária, alcançando uma projeção mensal das operações. Essa informação pode ser revisada e obtida por telemetria, o que permite otimizar os processos do cliente, aumentar a produtividade. Esses valores, hoje, são estimados na operação com torres de extração de madeira, ao contrário do nosso sistema, onde você pode obter um valor real, permitindo total veracidade e, consequentemente, ser mais assertivo na tomada de decisões, projetando a operação ou avaliando o impacto de possíveis paralisações", afirmou Ramírez.

Além disso, o sistema operacional possui um monitor com câmera para visão do guincho, visualizar o carro em tempo real no percurso pela linha, célula de carga aérea, ajuste de velocidade na subida e descida, para controlar o movimento do carro de extração de madeira pelos apoios intermediários, ajuste de aceleração do motor da máquina base, o que permite reduzir o consumo de combustível, alcançando eficiência e cuidado com o meio ambiente, entre outras funções.

Os primeiros testes desse protótipo, que não havia sido testado em nenhuma parte do mundo, foram realizados em uma propriedade da Forestal Mininco. Posteriormente, Jorge Jiménez, gerente da Forestal San Agustín, acolheu os testes de produção em suas operações em Arauco, na região de Valdivia.

"No primeiro mês, a torre Andes600, como foi batizada, extraiu 6.000 metros cúbicos, mesmo operando em pátios não preparados para esse tipo de máquina. No segundo mês, chegaram a quase 9.000, que tem sido a média até hoje. Portanto, os resultados foram muito bons, e a Forestal San Agustín decidiu comprar o equipamento, mesmo sendo um protótipo", disse.

Por causa disso, a empresa decidiu encomendar uma segunda torre, que atualmente está em fase de fabricação, e há outro contratante que também solicitou uma torre, o que demonstra que o engenho, o trabalho e o esforço do empresário chileno dão frutos em um mundo, como o florestal, onde a inovação é valorizada.

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