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Em “Conversando com a Acoforag”, Dr. Ricardo González aborda o desafio de conservar e aproveitar melhor nossas florestas nativas

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• O engenheiro florestal da Universidade de Concepción e doutor em Ciências Florestais, atualmente é acadêmico da Universidade da Fronteira com profundo interesse na pesquisa e conservação da biodiversidade.

O manejo sustentável das florestas nativas no Chile ainda enfrenta desafios importantes, que foram analisados em profundidade no episódio 31 do programa "Conversando com Acoforag" por Ricardo González, engenheiro florestal da Universidade de Concepción e doutor em Ciências Florestais, atualmente acadêmico da Universidade da Fronteira com profundo interesse na pesquisa e conservação da biodiversidade.

Um dos principais obstáculos mencionados é a atual Lei de Floresta Nativa, promulgada em 2008, que, embora tenha estabelecido o objetivo de fomentar o reflorestamento, na prática não conseguiu cumprir as expectativas. Segundo González, o problema está na falta de incentivos econômicos adequados para convencer os proprietários a participar das iniciativas propostas pela legislação.

Ele afirmou que a norma estabelece valores por hectare que são insuficientes em comparação com os custos reais do manejo de florestas nativas. Isso desestimula os proprietários a adotarem práticas sustentáveis, deixando a lei apenas no plano das boas intenções.

Diversos especialistas apontaram que é necessária uma compensação econômica pelos serviços ambientais prestados pelas florestas nativas conservadas, como a proteção de bacias hidrográficas, a captura de carbono ou a preservação da biodiversidade. Uma alternativa seria implementar o pagamento por serviços ambientais ou direitos de conservação, onde o Estado ou privados remuneram os proprietários por manter áreas silvestres, propôs o profissional.

Outro aspecto que precisa avançar é a flexibilização da fiscalização dos planos de manejo, entendendo que cada floresta e região tem suas particularidades. Assim, seria possível potencializar o uso sustentável do variado patrimônio florestal nativo que nosso país possui, destacou.

Em resumo, é necessária uma visão integradora que equilibre as necessidades produtivas e ambientais em torno de nossas florestas, conciliando os interesses da sociedade, dos proprietários e a proteção desse valioso recurso para as futuras gerações. O caminho a percorrer é longo, mas, por meio do diálogo e da construção de consensos, podemos alcançá-lo.

Convidamos você a assistir ao episódio completo de "Conversando com Acoforag", onde o especialista Ricardo González aprofunda esses desafios, disponível no canal do YouTubehttps://www.youtube.com/watch?v=c3BPqkRzlDgou para ouvir como podcast no Spotifyhttps://spotifyanchor-web.app.link/e/bLP0FV5MuFb