OIT acolhe reclamação de Contratistas Florestais contra o Estado por violência na Macrozona Sul
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) acolheu uma reclamação dos Contratistas Florestais contra o Estado por descumprimento em matéria de segurança e saúde diante dos ataques incendiários na Macrozona Sul.
Os trabalhadores afirmam que o Executivo não tem fornecido as condições necessárias de segurança, relacionadas aos atos de violência em parte da região do Bío Bío e La Araucanía.
Lembremos que em outubro de 2022, a Associação Gremial de Contratistas Florestais A.G (Acoforag) apresentou uma reclamação à OIT, acusando o Estado de não cumprir com o decreto 187 da Constituição do organismo internacional.
Vale destacar que este documento estabelece que se deve zelar pela segurança dos trabalhadores.
Após a reclamação ser acolhida, o gerente da Acoforag, René Muñoz, afirmou que espera que se possa aplicar o resolvido pela OIT.
Inclusive, assegurou que até o momento este decreto não está sendo aplicado, pois continuam sendo vítimas de atentados em seus locais de trabalho.
Questionada sobre a situação, a delegada presidencial no Bío Bío, Daniela Dresdner, garantiu que as medidas tomadas pelo Governo na região reduziram consideravelmente os atos de violência.
Nesse sentido, afirmou que isso tem se refletido tanto nos que trabalham em zonas de conflito quanto na população em geral.
A reclamação dos contratistas florestais está fundamentada em cerca de 500 atentados incendiários sofridos na última década na chamada Macrozona Sul.
A respeito disso, a OIT propôs criar uma mesa tripartite para tratar do tema, onde, além de seus representantes, se somem vítimas dos atentados incendiários e o Governo.
Por fim, o organismo internacional aguarda a resposta do Estado do Chile, que deverá chegar a Genebra até o próximo dia 11 de junho.
Fonte:www.biobiochile.cl