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OIT declarou admissível reclamação de contratantes florestais contra o Estado

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A Associação de Contratantes Florestais (Acoforag) informou que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) declarou admissível sua reclamação contra o Estado do Chile, apresentada em outubro de 2022, devido ao descumprimento da Convenção 187, relativa ao dever de atuar como garantidor da segurança nos postos de trabalho.

Segundo o jornal El Mercurio, o reclamo se deve aos 447 atentados incendiários que a atividade florestal sofreu desde janeiro de 2014, registrados em 56 municípios de seis regiões, especialmente na Macrozona Sul.

Como resposta, a OIT propôs criar um comitê tripartite para examinar a reclamação, que incluiria seus representantes, as vítimas dos atentados florestais e também o Executivo.

Caso o governo decida não participar do comitê tripartite, deverá enviar suas objeções antes de 11 de junho à sede da OIT em Genebra.

René Muñoz, gerente da Acoforag, valorizou a decisão e afirmou que "nós esperamos que o governo entenda que isso é urgente, assim como hoje se está tratando o problema de segurança em Santiago, porque hoje estão apressados, o tema da segurança chegou e explodiu na cara deles. Nós vivemos isso há mais de 10 anos".

"Portanto, acreditamos que já é razoável que o Estado, e não estou culpando o governo, mas sim o Estado do Chile, entenda que é um tema que precisa ser resolvido. Os convênios são para serem cumpridos e não se pode apagar com o cotovelo o que se assina com a mão, mesmo que tenha sido assinado por outro governo. Mas entendemos que é o Estado que tem que cumprir", acrescentou o representante florestal.

REAÇÃO DO GOVERNO

Sobre o assunto, a delegada presidencial da Região de Biobío, Daniela Dresdner, afirmou que "nós, desde o dia em que entramos no governo, temos trabalhado justamente pelos atos de violência que afetam os trabalhadores florestais, mas também muitas pessoas que vivem nas diferentes zonas. Reduzimos significativamente os números de violência e também as situações de perigo para as pessoas que transportam elementos em caminhões pelas diversas rotas".

"Isso é algo que em nossa Região de Biobío é extremamente notável, porque esses números caíram quase a níveis que não os temos mais. Esperamos que possamos continuar assim, seguimos trabalhando profundamente com os Carabineiros, com as Forças Armadas para que seja dessa maneira", acrescentou a funcionária do governo.

Fonte:www.cooperativa.cl