Promotor de La Araucanía alerta sobre aumento de atos violentos entre janeiro e março: "O incremento é de 17%"
O promotor de La Araucanía, Roberto Garrido, afirmou nesta sexta-feira que foi observado um aumento de 17% nos atos violentos na região nos primeiros meses do ano, o qual, em sua opinião, estaria associado à reivindicação de alguns grupos em favor de acusados em investigações emblemáticas, como os casos Nain ou Llaitul.
Em entrevista à ADN Radio, o promotor explicou que "normalmente, nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano, há um aumento nos atos de violência, associado aos incêndios florestais. Mas este ano, infelizmente, notamos um incremento em comparação com o mesmo período do ano anterior".
"O aumento, de acordo com as informações que coletamos e processamos, é em geral de 17%, mas o incremento mais notável ocorre acima de 40% nos atos de maior gravidade, estamos falando precisamente dos ataques contra pessoas ou incêndios", acrescentou.
Nesse sentido, Garrido indicou que "se comparo o mesmo período deste ano com o anterior, em geral, os fatos que podem ser classificados como constitutivos de violência rural, ou seja, aqueles onde há uma intenção reivindicatória, com panfletos, faixas, esses atos aumentaram no total em 17%".
"Podemos separar, porque acredito que é importante para a análise, os fatos de maior conotação. Ou seja, onde há ataques a pessoas, incêndios, disparos contra funcionários da polícia, daqueles que são de menor gravidade, como as usurpações, porque as penas são mais baixas nesses casos", disse. Nesse sentido, afirmou que "o maior aumento ocorre precisamente nesses atos de maior gravidade, e isso explica, do meu ponto de vista, uma sensação ambiental de maior insegurança. O incremento não é tão grande, mas é maior nos crimes mais graves".
No entanto, alertou que "creio que é preciso fazer uma avaliação mais global. O que a experiência nos mostrou neste caso é que a situação é variável ao longo do ano e, por isso, é preciso aguardar períodos mais extensos para poder chegar a uma conclusão e uma afirmação com maior fundamento".
Sobre as razões por trás do aumento, o promotor comentou que "creio que pode estar diretamente vinculado às situações que ocorrerão em termos de audiências de avanço dos processos judiciais, porque isso fica evidente nas ações reivindicatórias desses atentados".
"As referências feitas nessas faixas são à liberdade das pessoas acusadas por esses crimes e, por isso, estão associadas a isso. Além disso, nos parece evidente que é assim, porque, com a proximidade da realização dessas audiências, começam esses ataques violentos", concluiu.
Fonte:www.Emol.com