Biobío é a região com mais agricultores afetados pelos incêndios florestais
A partir desta semana começa a entrega do bônus para agricultores afetados pelos recentes incêndios florestais.
Trata-se do pagamento para a recuperação de produtores de economia de subsistência, pessoas que cultivavam para seu próprio consumo e que receberão $1 milhão.
Assim anunciou a Seremi de Agricultura da Região do Biobío, Pamela Yáñez, que destacou que os beneficiados serão tanto usuários do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário (Indap) quanto do Fundo de Solidariedade e Investimento Social (Fosis).
“O cadastro indica que são 4.605 agricultores com danos na Região, os quais estão sendo filtrados porque temos que ser super responsáveis em relação a quem receberá os apoios”, disse a seremi, explicando que após esse processo será definida a quantidade de pessoas que receberão o auxílio.
Região mais afetada
Os mais de 4 mil agricultores afetados colocam o Biobío como a região com mais prejudicados no setor silvoagropecuário devido aos incêndios.
Diante disso, Yáñez afirmou que “desde o primeiro minuto estivemos nos diferentes territórios afetados. Através dos municípios, podemos ampliar nosso trabalho e mantivemos contato com todos os eixos relacionados à nossa pasta”.
Essa ajuda financeira é um dos benefícios estipulados pelo Indap dentro do eixo de reativação produtiva, que faz parte do Plano de Reconstrução do Governo para as regiões de Ñuble, Biobío e La Araucanía, que totaliza $68.862 milhões. A modalidade de entrega será por transferência eletrônica para as contas consideradas adequadas.
Outros itens nesse âmbito incluem um bônus de $3 milhões para recuperação produtiva de pequenos agricultores; um subsídio de até $10 milhões para recuperação de capital de giro, ativos fixos e infraestrutura, para MiPyMes e cooperativas; além da recuperação de solos degradados, produção pecuária e sistemas de irrigação.
Além disso, o Indap anunciou a condição de créditos com parcelas vencidas em 2023 e um novo crédito de Reimpulso Produtivo. A seremi Pamela Yáñez explicou que “abre-se a possibilidade de facilitar créditos com uma taxa de juros baixa para agricultores que queiram recuperar rapidamente seu sistema produtivo”.
Apicultura
O setor econômico do mel foi um dos mais atingidos pela emergência e será beneficiado pelas políticas do Governo. Misael Cuevas, presidente da Federação Rede Apícola Nacional, contou que atualmente estão enfrentando a tarefa de alimentar as abelhas após a fase mais crítica do ocorrido no verão.
“Tivemos apoio tanto público quanto privado para isso, pois envolve principalmente alimentação artificial. Em segundo lugar, estão as conversas que mantemos com a Conaf para definir estratégias de reflorestamento com plantas aptas para apicultura. Esperamos, a partir de maio ou junho, implementar estratégias mais concretas. Com o Indap, temos conversado sobre a recuperação da infraestrutura produtiva. Continuamos acompanhando esse processo com nossos líderes locais, que assumem tarefas específicas”, detalhou.
Devido ao contexto atual, Cuevas adiantou que levará pelo menos três anos para normalizar as produções de mel, pois a oferta floral já não é a mesma.
Nesse sentido, o dirigente valorizou que “estamos muito bem coordenados com a Direção Nacional do Indap e também com as regionais, assim como com a Seremi de Agricultura, para não ficarmos de fora dessas possibilidades de apoio, que nunca serão tudo o que desejamos, mas, de qualquer forma, ajudam”.
Fonte:www.diarioconcepcion.cl