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Florestas com futuro: um novo paradigma na restauração de paisagens

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Os incêndios florestais devastaram milhares de hectares no país e, junto com as tarefas de reconstrução, é necessário desenvolver um importante esforço de restauração da flora e fauna afetadas, contribuindo para a conservação de espécies, fertilização dos solos e sua proteção contra a erosão.

Esta é uma das prioridades para a ARAUCO, cuja longa experiência realizando restauração de paisagens nativas agora está a serviço da emergência ecossistêmica causada pelos incêndios do verão. “Restaurar não é apenas plantar: implica um trabalho delicado e dedicado, com uma visão integrada do território, aplicando ciência, identificando locais de restauração e definindo estratégias em escala local”, explica Guillermo Olmedo, pesquisador principal em Ecossistemas, Produtividade e Mudança Climática da Bioforest.

Para enfrentar o processo de restauração, a Bioforest (Centro de Pesquisa da empresa Arauco com 33 anos de história) combinou tecnologia de ponta e trabalho em campo, o que permitiu mapear os danos à flora e fauna, desenvolver propostas de migração assistida de espécies para garantir sua conservação e liderar planos de restauração para as diversas áreas de alto valor de conservação da empresa que foram afetadas.

Além disso, identificaram riscos de erosão dos solos que poderiam afetar bacias hidrográficas abastecedoras de água para a população humana quando ocorrerem as primeiras chuvas, o que permitiu antecipar ações e implementar um plano junto aos municípios afetados para minimizar seus efeitos.

Junto com as ações que estão sendo implementadas, Olmedo afirma que um dos principais desafios é impulsionar um trabalho preventivo em grande escala, que garanta a coexistência harmônica de plantações florestais, floresta nativa e assentamentos humanos, respondendo a um novo paradigma de “florestas com futuro”.

“Isso se soma ao nosso compromisso de restaurar 50 mil hectares de floresta nativa, meta que está alinhada com as contribuições determinadas a nível nacional (NDC) para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, destacou Olmedo, acrescentando que a proteção da biodiversidade e um manejo sustentável das paisagens são fundamentais.