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Mais de 200 pessoas voltam a ter água potável em suas casas após incêndios rurais

Mais de 200 pessoas voltam a ter água potável em suas casas após incêndios rurais

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Durante os incêndios de fevereiro, o fogo destruiu as instalações que transportavam a água de uma nascente até o setor rural de Choroico de Nacimiento, na Região de Biobío, o que fez com que 60 famílias da área ficassem sem acesso a esse recurso até ontem.

Isso porque as casas da localidade tiveram o abastecimento restabelecido graças ao trabalho conjunto da comunidade, do município e da CMPC. A solução chegou às vésperas do Dia Mundial da Água, data celebrada hoje.

“A água que vem da fazenda é vida para nós, serve para regar as plantas e nossas colheitas, para os animais, para o nosso cuidado como pessoas, para a vida humana é muito importante. Estamos muito agradecidos por essa água que recebemos”, conta Margarita Novoa, presidente da Associação de Moradores de Choroico, em Nacimiento.

Os incêndios rurais que atingiram a região centro-sul do Chile durante o verão consumiram mais de 3 mil metros de mangueiras na área. Elas tinham uma função vital: levar água potável para consumo humano e produtivo a mais de 200 pessoas.

Instaladas há mais de 20 anos a partir de uma nascente da Fazenda Santa Adriana da CMPC, elas desafiavam as inclinações do terreno para chegar a cada uma das 60 residências da localidade.

Assim, o fogo, que também consumiu as florestas de Santa Adriana, fez com que mais de 200 pessoas tivessem que viver seu dia a dia sem água potável em casa até ontem. Isso porque, no marco do Dia Mundial da Água, celebrado hoje, e graças ao apoio do programa CMPC Reconstruye — iniciativa criada após os incêndios para ajudar diretamente milhares de afetados —, foram reconstruídos e instalados os 3 mil metros de mangueiras perdidos.

“Foi uma grande perda, mas a CMPC esteve presente, trabalhando com corta-fogos e tudo mais até onde foi possível”, disse Margarita, lembrando dos incêndios. “Na hora, eles logo disseram que recuperariam as mangueiras. O município também colaborou com maquinário e transporte para trazer as mangueiras. Então, agora, graças a Deus, já temos tudo instalado”, afirmou a presidente da organização comunitária.

Por sua vez, o prefeito da comuna de Nacimiento, Carlos Toloza, declarou: “Estamos muito felizes, porque em menos de um mês após o incêndio, já temos 60 famílias com uma solução para a água. Após uma reunião com os vizinhos e a CMPC, acordamos a compra das mangueiras e, juntos, conseguimos instalá-las em tempo recorde”.

Ignacio Lira, gerente de Assuntos Públicos Florestais da CMPC, afirmou: “Em nossas fazendas, há muitas captações de água que abastecem áreas vizinhas, e muitas delas, infelizmente, foram danificadas nesta temporada de incêndios. Por isso, uma das primeiras urgências que definimos para apoiar foi restabelecer o abastecimento às comunidades vizinhas. Justamente hoje estamos em Choroico, onde temos uma Área de Alto Valor de Conservação (AAVC) que fornece água a mais de 60 famílias vizinhas”. Lira também explicou que a empresa está realizando “um trabalho de restauração e reabilitação da infraestrutura para garantir água a esta comunidade e executar obras de mitigação de danhos, como a construção de barragens que estamos erguendo com a comunidade para minimizar o impacto das chuvas no inverno em termos de erosão”.

Graças ao CMPC Reconstruye, estão sendo construídos mais de 383 barragens de contenção — das quais 116 serão erguidas em uma primeira etapa — e obras para recuperar o solo que, devido aos incêndios, ficou sem cobertura vegetal. Além disso, como Santa Adriana é uma área declarada de Alto Valor de Conservação (AAVC), foi criado um plano de plantio de árvores nativas.

As AAVCs da CMPC têm uma importância vital para a empresa e as comunidades vizinhas, pois possuem altos valores biológicos, socioculturais ou de serviços que são conservados e, se necessário, melhorados pela CMPC.

No caso da propriedade Santa Adriana, o valor patrimonial está associado às captações de água que fornecem esse recurso a vizinhos e plantações. Por isso, a empresa está trabalhando na construção dessas barragens de contenção, que evitarão o arraste de sedimentos deixados pelos incêndios florestais até essas captações.

Plano CMPC Reconstruye
Segundo dados da Conaf, comparando a temporada anterior de incêndios com a atual, a área afetada por esses eventos aumentou 255%. O plano CMPC Reconstruye beneficia todos os afetados. A iniciativa inclui municípios, ONGs e associações, atores que trabalham de forma coordenada em quatro eixos fundamentais.

Primeiro, está a tarefa de restabelecer o abastecimento de água nas áreas que perderam esse serviço básico, tanto em nível familiar quanto em centros comunitários. Esse eixo, trabalhado em conjunto com o Desafío Levantemos Chile, levará água novamente a mais de duas mil famílias de dez comunas da região sul, como Collipulli, Santa Juana, Yumbel e Renaico, entre outras.

Em segundo lugar, está a reconstrução de moradias e edifícios comunitários consumidos pelo fogo. Assim, trabalha-se em conjunto com os municípios para ajudar nos casos mais urgentes, como famílias que perderam suas casas e têm entre seus membros idosos, pessoas acamadas ou doentes. Além disso, famílias que já receberam moradias emergenciais ganharão kits de equipamento, como móveis, camas e utensílios domésticos. Sob esse pilar, também será abordada a reconstrução de escolas, igrejas e associações de bairro.

Por outro lado, está a reativação econômica. Por isso, junto à Sociedade Agrícola de Biobío (SOCABIO) e à Sociedade de Fomento Agrícola de Temuco (SOFO), foram estabelecidos cinco pontos para ajudar agricultores: plantio de pastagens, cercas, construção de armazéns, kits de estufa com sementes e fertilizantes, e kits de galinheiro com ração. Além disso, junto à Corporação Industrial para o Desenvolvimento Industrial de Biobío (CIDERE), será implementado um fundo concursável para reativar o turismo e os serviços.

Por fim, um dos desafios mais importantes a longo prazo é a restauração das bacias hidrográficas. Isso tem grande relevância ambiental, pois busca recuperar o solo danificado pelas chamas e evitar consequências ainda piores devido à erosão. Também está em andamento um plano mestre de reflorestamento para as áreas afetadas, ampliando zonas de proteção em áreas residenciais e introduzindo maior biodiversidade nos terrenos atingidos.

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