"O que estão esperando para mudar?": Multigremial de La Araucanía contra o Governo após série de ataques
Diretamente confrontando as autoridades do Governo, a Multigremial de La Araucanía reagiu à série de atos violentos na Macrozona Sul, classificando a terça-feira como “um dos dias mais violentos que já tivemos na região”.
Isso devido aos ataques a tiros que atingiram a família do recente conselheiro constitucional, Héctor Urban, e trabalhadores da Prefeitura de Victoria. Além da queima de caminhões registrada na madrugada em Purén, entre outros atos de violência.
Através de um comunicado, indicaram que o mais grave é que esses fatos ocorrem nos mesmos lugares publicamente reconhecidos como perigosos, correspondentes à principal rota do país, a 5 Sul.
Situações que – segundo eles – são geradas após uma “convocatória nas redes sociais onde se convida a ‘fazer barulho’ em Ercilla”, tudo isso apesar da vigência do Estado de Exceção que foi prorrogado ontem no Congresso.
A Multigremial acusa um aumento nos atos de violência desde março na região, lamentando que “novamente Carabineiros e civis inocentes são feridos ou afetados, com risco de perder a vida. Nosso mais absoluto apoio e solidariedade a eles”.
Diante do exposto, questionaram: “As autoridades responsáveis pelo Estado de Exceção e pela segurança não puderam antecipar os fatos? Há detidos? Houve algum grau de resposta oportuna?”, indagaram.
Avaliam que, embora alguns crimes tenham reduzido sua frequência, isso não ocorreu com os ataques incendiários e armados. “Além dos números, a situação continua lamentável. Então, também perguntamos à autoridade política: que medida está sendo tomada para melhorar a eficácia do Estado de Exceção, e que outras medidas preventivas estão sendo executadas para antecipar e prevenir. Quais são os avanços na prevenção e desarticulação dos grupos violentos”.
Para finalizar, indicam que a cidadania pede claramente maior eficácia, intensidade e decisão. “O que estão esperando para mudar?”, desafiando o Executivo.
Como ocorre nesses casos, até o momento não há relatos de detidos.
Fonte:www.biobiochile.cl