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Prefeito de Lebu e representantes da indústria florestal avaliam Comissão para a Paz

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Após a instalação da Comissão para a Paz e o Entendimento, mesa que terá como objetivo deliberar, discutir e propor soluções para o conflito histórico entre o Estado do Chile e o Povo Mapuche por meio do trabalho de seus oito integrantes, surgiram diversas reações por parte de prefeitos de municípios que estão dentro da Macrozona Sul, assim como por representantes da indústria florestal.

As impressões mantêm o fator comum da esperança em encontrar as soluções pertinentes. No entanto, as autoridades consultadas são cautelosas ao apontar que a realidade que a Comissão para a Paz enfrentará é dura, principalmente devido à tensão permanente na região e ao abandono sentido por parte do Estado ao longo dos anos.

“O Estado deve assumir o abandono”

O prefeito de Lebu e presidente da Associação de Municípios da Província de Arauco (Arauco 7), Christian Peña, afirmou sobre a instalação da Comissão que “tudo o que seja buscar uma solução ou assumir as dificuldades que a Macrozona Sul, a Província de Arauco, La Araucanía, têm tido nesta relação Mapuche-Estado, e na qual o Estado não se fez presente durante décadas, é sem dúvida um avanço”.

Peña destacou que esperam frutos do diálogo por meio da mesa instalada, enfatizando que sempre defenderam que a melhor forma de abordar a situação não é apenas pela força, mas de maneira integral.

“Tem que existir o componente de conversa com o Povo Mapuche, para atender às demandas, às necessidades, (…) que são muito sentidas e transversais, que não têm a ver apenas com o Povo Mapuche, mas também com o território que há muito tempo se sente abandonado pelo Estado”, afirmou o chefe municipal de Lebu.

Embora tenha dito que a notícia ainda não foi discutida em conjunto com todos os prefeitos que compõem o Arauco 7, expressou que a iniciativa sempre foi bem vista, porque, embora falte mais segurança e eficiência na persecução de crimes, é preciso dar atenção às comunidades, ouvi-las e avançar em soluções. “Agora há muito mais esperança de que isso dê resultados. Vemos hoje no país e no território um ânimo de diálogo, de poder se entender e buscar uma solução”.

Representantes da indústria florestal

Um dos setores econômicos que tem sido particularmente afetado pela situação é, sem dúvida, o florestal. Nesse sentido, René Muñoz, gerente da Associação de Contratistas Florestais, disse em relação à Comissão da Paz que “Nós acreditamos que é bastante valioso o que está acontecendo, porque efetivamente há um problema que se arrasta há muito tempo. Então, acreditamos que a iniciativa tomada pelo Governo está na linha correta”.

No entanto, afirmou que “temos duas apreensões, dois aspectos que poderiam fazer a Comissão fracassar. Por exemplo, falam de terras ancestrais, e acreditamos que esse conceito é muito amplo e poderia levar a um fracasso da Comissão. Por outro lado, acreditamos que isso deveria ser uma Comissão de ponto final, no sentido de que digam ‘estas são as terras cadastradas que pertencem às comunidades’ e até aí fica. Não podemos ficar indefinidamente com um problema que se arrasta há tanto tempo”.

Por sua vez, a gerente-geral da Corporação Chile da Madeira, Victoria Saud, disse que “estamos contentes por ter acompanhado ontem em La Moneda os integrantes da comissão que, como diz seu nome, buscará paz e entendimento para que, a partir do diálogo e da escuta ativa, proponham mecanismos concretos e diversos de reparação”.

Saud enfatizou que é preciso olhar além da demanda por terras, para alcançar uma solução de médio e longo prazo em questões de reconhecimento e reparação para as comunidades mapuches, “o que deveria ser expresso de uma forma que gere acordo entre os diversos setores da sociedade e que, portanto, não se torne um foco de conflito, permitindo alcançar a paz tão necessária para os habitantes das regiões de Biobío, La Araucanía, Los Ríos e Los Lagos”.

A gerente-geral da Corma também indicou que, como associação da Madeira, estão disponíveis e comprometidos com o trabalho dos comissionados e, assim como René Muñoz, esperam que a Comissão “avance em uma solução definitiva e em um período de tempo limitado, onde possa determinar e delimitar a demanda, permitindo alcançar uma solução de Estado, por meio de uma via institucional, ampla e transversal”.

A realidade que a Comissão enfrentará

A autoridade municipal, assim como os representantes da indústria florestal, explicaram que a realidade sobre a qual a Comissão da Paz e do Entendimento terá que trabalhar é dura, tensa e que os passos devem ser certeiros.

O prefeito de Lebu, Christian Peña, explicou a respeito que primeiro é preciso conquistar a confiança das comunidades. “Durante séculos, o Estado não foi capaz de encontrar um entendimento absoluto com as comunidades, sempre foi uma resposta de força”.

É preciso entender que existem comunidades, uma cultura, um povo, e quando você reconhece isso, também deve reconhecer os direitos que esses povos têm sobre o território e é necessário começar a reparar. (…) Isso não será fácil de coordenar, não será fácil de realizar, mas vejo que há disposição e eu tenho muita fé na Comissão”.

Por sua vez, René Muñoz afirmou que, por ser um problema que vem de muito tempo, é necessária uma solução rápida, porque já não é viável adiar mais o trabalho de diálogo.

Além disso, destacou que “o clima que existe hoje não é fácil, porque há dez grupos terroristas atuando na região, que eu não sei se estarão muito contentes com esta Comissão que definirá os limites, porque esses grupos têm um negócio montado em função do conflito, para eles a reivindicação territorial já não é um ‘motivo’ de luta, eles hoje têm um negócio criminoso”. Diante disso, disse, expectante, que será preciso esperar para ver quais serão as reações deles.

Fonte:www.diarioconcepcion.cl

 

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