Governador Rivas discorda de Tohá e afirma que ataques na Araucanía são por motivos políticos
Ontem, um agricultor baleado, três galpões e três máquinas incendiadas. Hoje, uma capela católica completamente queimada. Estes são os dois últimos ataques incendiários registrados na Região da Araucanía, especificamente no setor de Victoria.
E ambos reivindicados pela Resistência Mapuche Malleco. Nos dois casos, exigindo o retorno dos presos que foram transferidos de Angol por sequestrar agentes penitenciários.
"As pessoas foram transferidas porque sequestraram um grupo de agentes penitenciários, que são funcionários públicos e que cumprem seu trabalho. Estão na prisão porque têm condenações e prisão preventiva por crimes gravíssimos e que não têm nada a ver com condutas políticas", afirmou ontem a ministra do Interior, Carolina Tohá, justamente na região.
"As pessoas foram transferidas porque sequestraram um grupo de agentes penitenciários, que são funcionários públicos e que cumprem seu trabalho. Estão na prisão porque têm condenações e prisão preventiva por crimes gravíssimos e que não têm nada a ver com condutas políticas", afirmou ontem a ministra do Interior, Carolina Tohá, justamente na região.
Mas hoje, o governador da Araucanía, Luciano Rivas, discordou dessas palavras. "Há vários fatores que se misturam, mas sem dúvida, o fato de que aqui há uma causa que é ideológica por um lado e que está misturada com outras coisas, é real. Aqui há um ataque político, é um sinal. Olha, eu não sei se vão vincular isso diretamente com a vinda da ministra Tohá.
Mas a assinatura do acordo pela Paz e Entendimento, que ocorreu em Santiago, do qual eu estive presente e do qual estou, de fato, apoiando em sua forma e ideia, como governador regional, nesse mesmo dia tivemos dois ataques. Quando o Presidente da República vem inaugurar o trem para a Araucanía, dois ataques à noite", declarou na Tele13 Rádio.
Por isso, em sua opinião, "então, claramente aqui não é um crime comum quando se ataca destacando que temos autoridades de nível nacional na região. Então, aqui há um fato político, há um grupo organizado tentando confrontar o governo de diferentes formas".
Rivas insistiu que "eu acho que não podemos fechar os olhos, dizendo que estes são crimes comuns, mais ou menos graves. Aqui há uma intenção de atingir principalmente a democracia, como eu já disse, e por isso qualifico esses atos como terroristas. E por outro lado, aqui há uma mistura com outras coisas, como narcotráfico, como já dissemos, roubo de madeira, etc.
Então, misturam-se esses tipos de coisas, mas há um objetivo ideológico por trás disso. Ou seja, cada vez que o governo tenta se firmar em alguma medida, esses grupos fazem um protesto político. E isso mostra que temos grupos organizados politicamente". Além disso, lamentou que "aqui nossa região está cansada de acordar todos os dias com ataques, de todos os dias somar novas vítimas a essa gigantesca lista de vítimas que temos em nossa zona".
Fonte:www.emol.com
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