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CAM Reivindica Ataque Incendiário que Abalou o Rio Negro

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• A Organização de Resistência Territorial Williche Kunko-Millallikan da CAM assumiu o atentado contra a empresa florestal, deixando uma mensagem clara ao governo.

Em uma manhã violenta, a tranquilidade de Rio Negro, na região de Los Lagos, foi interrompida por um ataque incendiário que devastou parte das instalações da empresa florestal ANChile. A Organização de Resistência Territorial Williche Kunko-Millallikan, ligada à Coordenadora Arauco Malleco (CAM), reivindicou a autoria do ataque através de um comunicado divulgado pela Werken Notícias. O incidente, ocorrido no setor Putrihue-Millantue, resultou na destruição de duas máquinas florestais, dois veículos e um contêiner usado como escritório.

O ataque, ocorrido por volta das 05:45 horas desta sexta-feira, começou quando um grupo de indivíduos invadiu o terreno, ameaçando os seguranças antes de incendiar o equipamento com material acelerante. Apesar da gravidade do incidente, não houve relatos de feridos ou lesões.

A reivindicação do ataque pela CAM não apenas incluiu a destruição de propriedade, mas também uma mensagem política contundente. Em sua declaração, a organização exigiu a liberdade dos presos políticos mapuche (PPM) e expressou sua rejeição à presença de empresas florestais e forças militares no território mapuche, conhecido como Wallmapu. Além disso, a CAM alertou o Presidente Gabriel Boric e a ministra Carolina Tohá sobre sua recepção na região, no contexto das próximas visitas oficiais.

As autoridades iniciaram uma investigação minuciosa do incidente. Carabineiros e a Brigada de Investigações Policiais Especiais de Valdivia, junto com peritos do Laboratório de Criminalística Regional de Puerto Montt, estão trabalhando na coleta de evidências para esclarecer as circunstâncias e determinar a autoria do ataque.

Este incidente se soma a uma série de atos de violência que têm afetado a região recentemente, destacando a tensão existente entre o Estado chileno e os grupos mapuche que reivindicam direitos sobre suas terras ancestrais.