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Acoforag classifica como "aberrantes" declarações de Huenchumilla que disse que a CAM "não" é terrorista

Acoforag classifica como "aberrantes" declarações de Huenchumilla que disse que a CAM "não" é terrorista

  • O senador afirmou que o grupo criminoso usou a "violência política". Associações de vítimas lamentaram que ele se refira dessa forma aos atos da organização, que reivindicou mais de 240 ataques desde 1997.

Durante um evento do candidato a governador de La Araucanía e ex-diretor da Conadi, Luis Penchuleo (FA), o senador Francisco Huenchumilla (DC) recusou-se a classificar a Coordenadora Arauco Malleco (CAM) —liderada por Héctor Llaitul— como um grupo de crime organizado.

Ao ser questionado se é uma organização terrorista, o também copresidente da Comissão de Paz e Entendimento afirmou: "Não. É um grupo de mapuches que usou um método diferente ao da democracia, porque deixou de acreditar no Estado".

O ex-intendente de La Araucanía também afirmou que, em sua opinião, "crime organizado são máfias que se dedicam a extorsão, a matar pessoas (...), que estão em outros países e chegaram aqui, como o Tren de Aragua, por exemplo. É o que está acontecendo com o sicariato, com sequestros, extorsões, compra de instituições e corrupção".

E acrescentou: "A CAM é uma organização mapuche que usou a metodologia de confrontar o Estado através da violência política, mas isso não é crime organizado".

"Desconexão e indolência"

Para o presidente da Associação de Vítimas da Violência Rural (Avvru), Alejo Apraiz, Huenchumilla tenta "buscar uma explicação para como a CAM age, mas não se deve esconder o sol com um dedo".

"Sem dúvida, é uma organização terrorista que está aqui para infundir terror em um grupo da sociedade", acusa, e classifica as declarações do legislador como "infelizes e equivocadas".

Apraiz destaca que, durante a apresentação de informações pela Avvru na Comissão para a Paz, "o senador concordava muito com a defesa das vítimas (...). É difícil entender por que ele fez essas declarações agora".

René Muñoz, gerente da Associação de Contratistas Florestais, alvo dos ataques incendiários da CAM, afirma que as declarações do congressista são "aberrantes" e lamenta que a CAM e seus atos sejam "tratados com leveza", além de tentarem "limpar a imagem desta organização criminosa".

Nessa linha, Patricio Santibáñez, presidente da Multigremial de La Araucanía, questiona a "defesa permanente do senador Huenchumilla a grupos como a CAM" e alerta que isso "pode confundir a opinião pública sobre onde estão suas preferências ou simpatias".

Enquanto isso, Roberto Heise, da Sociedad de Fomento Agrícola, afirma que, faltando dois meses para a Comissão para a Paz divulgar suas conclusões, "ela tem o desafio de cumprir as expectativas de muitas pessoas humildes porque, se não forem cumpridas, virá a frustração e depois a violência, em um ciclo que já conhecemos na macrozona sul".

Carmen Gloria Aravena (Rep), senadora por La Araucanía e comissionada para a Paz, lamentou que Huenchumilla "tente justificar" os ataques reivindicados pela CAM.

"Pretender que a queima de imóveis, os ataques armados a pessoas inocentes, os abusos contra trabalhadores e proprietários legítimos de bens sejam atos justificados por uma causa política é sinônimo de desconexão.
indolência, e não entender o dano que a CAM causou aos habitantes do sul por mais de 20 anos", acrescentou.

Fonte: edição assinatura deEl Mercurio

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