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Mapuches rejeitam a violência da CAM e rebatem senador DC

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  • Dizem que atos de força “não refletem” sua cultura e espiritualidade.

Surpresa e distância foram geradas nas organizações mapuches pró-paz, que rejeitam a violência e promovem o desenvolvimento dos povos originários, pelas declarações do senador DC e copresidente da Comissão de Paz e Entendimento, Francisco Huenchumilla, sobre a Coordenadora Arauco Malleco (CAM) “não ser uma organização de crime organizado” e que “usou a metodologia de confrontar o Estado pela via da violência política”.

Segundo os grupos que consideram ilegítimos os atentados, as expressões do legislador “vão contra a corrente”, porque ocorrem “em um momento de rejeição à violência e demanda por maior segurança”, que vem “da cidadania, em geral, e das comunidades indígenas, em particular”.

Domingo Namuncura, ex-diretor da Corporação Nacional de Desenvolvimento Indígena (Conadi), distanciou-se da análise do legislador. Disse que “nunca justifiquei ninguém por usar a violência, mesmo desde a instalação do regime militar, e, por isso mesmo, não me despertam nenhuma simpatia os atos de força como os que, particularmente, ocorrem no sul do país”.

Reforçou que “a violência nunca esteve relacionada nem com a cultura nem com a espiritualidade mapuches; portanto, em termos gerais, não representa nosso povo”. Detalhou que “a história da relação com o Estado tem sido, fundamentalmente, de diálogo e negociação, como no Parlamento de Tapihue, em 1825, e, em nossa democracia contemporânea, no Pacto de Nueva Imperial, de 1980”.

Richard Caifal, diretor do Centro de Política Indígena Rakizuam, também discordou de Huenchumilla. “É a própria realidade que desmente com fatos o senador, porque aqui temos organizações que realizam atentados há 27 anos e que os reivindicam”, insistiu. Acrescentou que “é o peso dos fatos, com destruição e mortes, que não deixa margem para sequer duvidar se as palavras do parlamentário têm razão e se são respaldadas pela cidadania”.

Hugo Alcamán, presidente da Corporação de Profissionais Mapuche, classificou como “equivocadas” as expressões de Huenchumilla e enfatizou que a forma de atuar da CAM “é própria de organizações criminosas, além de que, no início, possa ter tido um objetivo político”.

Relatou que, “ao visitar as comunidades, vejo uma rejeição total aos atentados, porque a CAM não só ataca empresas, como também agride pessoas comuns de origem mapuche”.

Fonte: edição assinatura deEl Mercurio

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