Contratistas Florestais questionam experiência de Cordero em temas de segurança
A designação de Luis Cordero como subsecretário do Interior gera inquietação nos setores florestais e agrícolas da Macrozona Sul devido ao seu perfil mais acadêmico do que de segurança.
A chegada de Luis Cordero à Subsecretaria do Interior tem suscitado críticas por parte de sindicatos florestais e agrícolas, que expressam preocupação com sua escassa experiência no manejo da violência rural na Macrozona Sul.
René Muñoz, gerente da Associação de Contratistas Florestais, enfatizou a necessidade de que o Governo continue reforçando o trabalho policial na região e aumente a disponibilidade de recursos, como a instalação de câmeras de segurança. No entanto, a confiança na capacidade de Cordero para avançar nessas questões é baixa, dada sua trajetória acadêmica e seu distanciamento da realidade do sul do país.
"Um acadêmico, um professor com zero experiência no que acontece aqui, a verdade é que acreditamos que não será um avanço, ele não sente o que nós sentimos aqui no sul em termos de insegurança, criminalidade, terrorismo, sem dúvida falta-lhe o terreno que, claro, o subsecretário Monsalve tinha", afirmou à Rádio Biobío.
O perfil acadêmico de Cordero, que desenvolveu sua carreira em Santiago e anteriormente atuou como ministro da Justiça, contrasta com as expectativas dos sindicatos, que demandam uma autoridade com experiência direta em segurança rural.
Francisco Muñoz, gerente da ONG Campo Seguro, compartilha essa perspectiva com o citado meio de comunicação, embora mantenha a esperança de que o novo subsecretário possa focar efetivamente no combate à violência no campo.
A Lei Antiterrorista, atualmente em discussão no Senado, é vista como uma possível fonte de ferramentas adicionais para a Subsecretaria do Interior, permitindo uma melhor coordenação com as forças policiais e órgãos judiciais na perseguição de crimes vinculados à violência rural.
A última gestão de Manuel Monsalve na região, após um ataque incendiário em Paillaco, havia prometido um acompanhamento das medidas de segurança, promessa que ficou pendente.
Fonte:BiobioChile