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Denunciam ataque planejado a instalações destinadas a prevenir incêndios florestais

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A empresa explicou que a reposição da torre derrubada no ataque pode levar várias semanas.

Dois ataques contra sistemas de vigilância para prevenir incêndios florestais ocorreram esta semana na zona rural de Biobío, segundo denúncia da empresa florestal afetada. Segundo explicaram, em uma das ações uma torre foi derrubada e, na outra, criminosos quebraram um cadeado e entraram na cabine ligada a outra dessas estruturas, roubando equipamentos. Preliminarmente, os danos foram estimados em mais de $120 milhões.

As ações violentas coincidem com o próximo início da etapa de maior risco de ocorrência de sinistros, cujo pico se registra nos meses de primavera e verão.

A empresa florestal Arauco, alvo de ambos os ataques, detalhou que na quinta-feira uma instalação no cerro Caipo, ao sul da comuna de Florida, na fronteira com Yumbel e Hualqui, foi afetada. De lá, foram roubados equipamentos de radiocomunicação, cabos, baterias e painéis que estavam dentro de uma cabine próxima à torre de vigilância. “Já temos dois eventos que afetaram sistemas de comunicação de alta complexidade, que permitem a prevenção e o combate a incêndios”, explicou o subgerente de Assuntos Públicos, Guillermo Mendoza.

O executivo pediu às autoridades “que utilizem todos os recursos necessários para aumentar a segurança” na região, pois os equipamentos roubados “são a base do sistema para enfrentar a temporada de incêndios que se aproxima”.

O governador de Biobío, Rodrigo Díaz, confirmou ambos os episódios e classificou a situação como “de extrema periculosidade”, lembrando que “o inverno foi muito chuvoso, o que deixou a vegetação abundante e alta, dificultando a redução da massa combustível que coloca em risco a população” dessas áreas. Assim, a autoridade regional pediu ao Ministério do Interior que “tome medidas e aumente as patrulhas para evitar o roubo de cabos e a destruição de torres de detecção de incêndios, além de proteger os sistemas de prevenção de sinistros”. Ele também lembrou as perdas humanas e econômicas causadas pela rápida propagação do fogo em outras temporadas.

A reposição pode levar várias semanas

Questionada sobre o total de equipamentos de vigilância contra incêndios na região sul, a Corporação Chilena da Madeira (Corma), entidade que reúne as empresas florestais, informou que estão distribuídos em 244 locais, incluindo 159 câmeras, 75 torres e 10 sistemas mistos.

A reposição da torre derrubada no ataque pode levar várias semanas, explicou a empresa, pois precisam ser fabricadas “de acordo com a frequência exigida para a região” e, além disso, alguns componentes eletrônicos nem sempre estão disponíveis e precisam ser encomendados.

Capacidade de resposta

O presidente da Corma em Biobío e Ñuble, Alejandro Casagrande, enfatizou que os atos “ameaçam a segurança das nossas comunidades, vizinhos, florestas e toda a natureza” e destacou que os episódios “afetaram infraestrutura crítica e comprometeram a capacidade de resposta do nosso sistema de detecção, prevenção e combate a incêndios diante das emergências da temporada”.

Em sua opinião, “ambos os fatos ocorreram próximo ao início do período com maior incidência de incêndios, o que deve servir de alerta para todas as instituições que podem prevenir e evitar sua ocorrência”.

Por sua vez, o parlamentar da região e membro da comissão de Defesa do Senado, Gastón Saavedra (PS), confirmou que instalações como as danificadas são infraestrutura crítica.

“Acende um sinal de alerta”

“Os proprietários desses sistemas terão que elaborar um plano de segurança para sua proteção, o que ficará explícito na Lei de Infraestrutura Crítica”, argumentou. “Paralelamente, é claro, deve haver um trabalho coordenado das polícias, do sistema de inteligência e das forças militares e de segurança, para proteger essa infraestrutura”, acrescentou.

O legislador compartilhou a preocupação de que “essa série de ataques tenha um mesmo alvo, que são essas torres que nos permitem antecipar os incêndios do verão, e, portanto, acende um sinal de alerta”.

O senador Saavedra pediu às empresas florestais que “forneçam todas as informações disponíveis para perseguir e punir os responsáveis por esses danos”.

Fonte: edição assinatura deEl Mercurio

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