Comissão para a Paz entra em "fase decisiva": relatório pode ser enviado este mês ao presidente Boric
A entrega do relatório ao presidente Gabriel Boric, com uma proposta de conciliação entre o povo mapuche e o Estado do Chile, que implicaria modificações institucionais e legislativas.
"Em uma fase decisiva" está a Comissão para a Paz e o Entendimento em relação à elaboração de uma proposta de reparação entre o povo mapuche e o Estado do Chile, que será entregue por meio de um relatório ao presidente da República, Gabriel Boric.
Após as diferentes sessões, diálogos interculturais e autoconvocados, entre outras reuniões realizadas desde a região do Bío Bío até a região de Los Lagos, a instância instruída pelo mandatário está chegando à sua parte final, após sua implementação em junho de 2023.
Assim reconheceu o secretário executivo da Comissão para a Paz e o Entendimento, Víctor Ramos, afirmando que estão em uma fase decisiva e que avançam conforme os prazos estabelecidos.
"Estamos em uma fase decisiva, na análise de todas as informações que conseguimos levantar. Temos à vista as diferentes audiências que realizamos, os diálogos interculturais, os autoconvocados, enfim", afirmou.
"Mais de 2.000 pessoas, principalmente lideranças, contribuíram com a comissão. Estamos dentro dos prazos estipulados e essas são questões que vamos analisar durante este mês", declarou.
Da mesma forma, conforme indicado por Víctor Ramos e pelo portal web da comissão, a entrega do relatório ao presidente Gabriel Boric, com uma proposta de conciliação entre o povo mapuche e o Estado do Chile que implicaria modificações institucionais e legislativas, ocorreria no final deste mês. Isso, apesar de os comissionados reconhecerem contratempos algumas semanas atrás.
O copresidente da instância, Alfredo Moreno, disse que ao longo do processo houve disposição dos envolvidos para dialogar, mas reconhecendo que existe complexidade no problema que se pretende abordar.
A comissão presidencial, ao longo de seu funcionamento, reuniu-se com comunidades mapuches, sindicatos, vítimas da violência rural, entre outros, com o objetivo de coletar informações e antecedentes para construir uma solução de longo prazo para o conflito territorial nas regiões do Bío Bío, La Araucanía, Los Ríos e Los Lagos.
Fonte:BiobioChile.cl