Pedem antecipação de possíveis atentados a 48 horas do aniversário da morte de Catrillanca
Nos últimos dias, houve uma série de atos violentos em Biobío e La Araucanía.
Duas residências e nove máquinas incendiadas, além de ameaças a guardas em uma propriedade florestal, foi o saldo dos ataques registrados na última semana nas províncias de Arauco (Biobío), Malleco e Cautín (ambas em La Araucanía).
E embora nessas zonas esteja em vigor o estado de exceção, que permitiu reduzir as ações de grupos criminosos, isso não impediu que esses ataques aumentassem nos últimos dias.
Assim, a apenas 48 horas do sexto aniversário da morte de Camilo Catrillanca —morto por Carabineros em 14 de novembro de 2018, dentro da comunidade mapuche de Temucuicui—, a série de ataques reativou o alerta na macrozona sul.
O delegado presidencial de La Araucanía, José Montalva, reconheceu que "são datas complexas do ponto de vista da contingência".
A data se soma a outras que geram tensão na região, como 3 de janeiro, quando se comemora a morte de Matías Catrileo, ocorrida em 2008; ou 12 de novembro, por Alex Lemún (2002); ou 12 de agosto, por Jaime Mendoza Collío (2009).
A gerente da Corporação da Madeira (Corma) em Biobío, Margarita Celis, cobrou "às autoridades que ajam com a máxima diligência (e) redobrem os esforços para que (...) seja garantido um ambiente de segurança para quem trabalha no setor".
O deputado Miguel Mellado (RN) pediu ao Governo que fique "em alerta", devido às mensagens "desses grupos que reivindicam esses atos e fazem menção à memória dos caídos", considerando a comemoração da morte de Catrillanca.
Enquanto isso, o deputado republicano Stephan Schubert afirmou que "o que as autoridades deveriam fazer para prevenir os ataques tem a ver com inteligência, com o manejo de informações (...) que lhes permitam antecipar e saber quem são as pessoas que poderiam gerar os ataques".
"Presente e ativo"
O presidente da Multigremial de La Araucanía, Patricio Santibáñez, afirmou que o aumento dos atentados "só confirma que o terrorismo ainda está presente e ativo, e que é necessário um esforço maior para desarticulá-lo e derrotá-lo".
O ex-coordenador de segurança Pablo Urquizar acrescenta que, diante de atos de violência, como os reivindicados pela CAM, é necessário "redobrar os esforços para que seus integrantes sejam detidos e julgados".
Fonte: edição assinatura deEl Mercurio