Novo delegado presidencial de La Araucanía evita classificar ações violentas na região como atos de terrorismo
Domingo Abdala (PPD) foi nomeado na sexta-feira para o cargo, substituindo Jose Montalva, que concorrerá a uma vaga no Congresso.
"Acredito que é um erro quando levamos a entender que em La Araucanía há uma insegurança que impede avanços e crescimento, porque nesse contexto estamos caminhando para uma desesperança aprendida", declarou o recém-nomeado delegado presidencial da região, Domingo Abdala, em seu primeiro encontro com a imprensa local, ao ser questionado sobre se os ataques que afetam a área, e que se intensificaram nas últimas semanas, correspondem a ações terroristas.
Abdala, nomeado na sexta-feira para substituir José Montalva, que renunciou para concorrer a uma vaga no Congresso, afirmou que "mais do que minha posição sobre haver ou não terrorismo em La Araucanía, sou um convencido de que há ações que geram terror na população, mas são limitadas" e acrescentou que "é preciso analisar cada caso em seus méritos e não poderia generalizar sobre o tema".
Para o presidente da Multigremial de La Araucanía, Patricio Santibáñez, "é preocupante que uma autoridade não tenha clareza para reconhecer que aqui há terrorismo, uma situação que é óbvia para todo o país e, especialmente, para quem vive na região". Em sua opinião, as declarações de Abdala "representam um retrocesso em relação ao que outras figuras do governo expressaram, como o próprio presidente (Gabriel Boric) e a ministra do Interior (Carolina Tohá)".
Na mesma linha, o deputado RN Miguel Mellado cobrou que Abdala "esteja à altura do cargo, por tudo o que implica em termos de segurança, e se conecte com os problemas reais". O legislador afirmou que "os ataques se intensificaram, o que confirma que os grupos terroristas estão mais ativos do que nunca".
Fonte: edição assinatura deEl Mercurio