“Cerca de 75% dos incêndios florestais em Ñuble são por negligência”
GORE convocou reunião de coordenação para enfrentar a temporada de incêndios florestais.
Cerca de 75% dos incêndios florestais que ocorrem na região de Ñuble são causados por negligência. Este, junto com a rápida resposta, foi um dos pontos tratados na reunião convocada pelo Governador Óscar Crisóstomo, onde secretarias e serviços públicos apresentaram as atividades de prevenção e revisaram as tarefas a serem coordenadas para estarem preparados para a temporada que se aproxima.
Participaram do encontro os diretores regionais da Conaf e do Senapred, além da Delegada Presidencial da Província de Punilla e representantes da Delegação Presidencial Regional e da Província de Itata. Quanto aos secretários, estiveram presentes os de Agricultura, Saúde, Meio Ambiente, Energia, Trabalho e MOP; também compareceram o coordenador regional da academia de Bombeiros e representantes da Subtel, entre outros.
Sobre as tarefas a serem realizadas, o Governador Crisóstomo destacou como urgente a finalização e socialização dos "planos comunais de emergência, considerando principalmente a mudança de autoridades municipais em grande parte das comunas; já foram elaborados e entregues em 19 das 21 comunas, e espera-se que as duas restantes tenham a informação em mãos ainda este mês".
Além disso, acrescentou a autoridade regional, "solicitamos trabalhos de coordenação com a empresa privada em áreas como limpeza de antenas de telecomunicações, cadastro de veículos de emergência para que as concessionárias liberem o pagamento de pedágios, criação de uma lista de contatos com os responsáveis por escolas ou colégios que possam servir como abrigos ou postos de comando, dependendo do caso, ou ainda, coordenar e monitorar o processo de queima ou colheita agrícola em períodos de alto risco de combustão".
Outro ponto a ser considerado, afirmou Crisóstomo, "é a porcentagem de incêndios florestais causados por negligência em nossa região de Ñuble, o que não é o mesmo que intencionalidade. As negligências representam cerca de 75% dos nossos incêndios. Por isso, é necessário trabalhar unidos, divulgar o que pode e não pode ser feito, o que representa risco de propagação, os alertas de temperaturas, as atividades que não devem ser realizadas. Aqui, o chamado é para a colaboração de todos: educar, ensinar, informar, porque Ñuble deve cuidar de Ñuble".
Planos comunais de emergência
Para o Diretor Regional da Conaf, Juan Salvador Ramírez, é relevante que "não apenas sejam disponibilizados recursos para atividades de prevenção, mitigação e combate, mas que também haja coordenação em tempos de paz, onde efetivamente se planeja como agir, onde agir e por que agir. Nesse aspecto, o Governador tem sido extremamente claro: o que importa é a vida de cada um dos moradores da Região de Ñuble, e para isso, a coordenação, tanto pública quanto privada, é fundamental".
Da mesma forma, Ramírez detalhou que "entregamos 19 dos 21 planos na Região de Ñuble, estamos trabalhando nas duas últimas comunas, que esperamos concluir em duas semanas, completando assim 100%. No entanto, já levantamos informações sobre os pontos de maior risco e vulnerabilidade, e estamos orientando os municípios sobre o que fazer e quando realizar atividades de prevenção e mitigação".
Enquanto isso, Gilda Grandón, diretora regional do Senapred, destacou a preocupação do Governo Regional "na gestão do risco de desastres e, em particular, frente às medidas já contingentes devido à época do ano em que estamos, em relação à mitigação e preparação para incêndios florestais. Sentimos um apoio ali, também recolhemos algumas preocupações do Governador e sua equipe que vamos trabalhar. No entanto, fico tranquila ao ver que muito trabalho coordenado já foi feito, mas isso não significa que vamos descansar".
Finalmente, o coordenador regional da Academia Nacional de Bombeiros, Aaron Flores, ressaltou o quão crucial é "a coordenação na emergência florestal entre os diferentes órgãos que vão participar ou intervir diretamente, para não nos atrapalharmos e, obviamente, termos uma boa resposta em benefício da comunidade, controlar a emergência rapidamente e, principalmente, evitar perdas humanas".
Fonte:La Discusión