SEA dá luz verde ao projeto "Parque Eólico Viento Sur" da empresa Arauco, após dois anos de tramitações
O projeto prevê um investimento superior a 300 milhões de dólares para instalar 43 aerogeradores em Arauco, com uma contribuição de 200 megawatts ao Sistema Elétrico Nacional.
Quase 10 meses após o conselho de ministros ratificar a avaliação ambiental favorável do projeto "Parque Eólico Viento Sur" da empresa Arauco, o Serviço de Avaliação Ambiental deu luz verde à iniciativa.
No entanto, a partir desta resolução, abre-se outro prazo para que os reclamantes levem o caso à justiça ambiental, com o risco de aumentar os quase três anos de atraso desde que o recurso foi apresentado.
O projeto, que prevê um investimento superior a 300 milhões de dólares para instalar 43 aerogeradores em Arauco, com uma contribuição de 200 megawatts ao Sistema Elétrico Nacional, é uma das iniciativas de geração eólica priorizadas no plano de fortalecimento industrial no Bío Bío, liderado pelo ministro da Economia, Nicolás Grau.
Após a publicação da resolução do Comitê de Ministros, a empresa valorizou este avanço. No entanto, Mauricio Leiva, Gerente de Sustentabilidade do Negócio Eólico da Arauco, afirmou que, para avançar em projetos de investimento, a tramitação deste tipo de recursos precisa ser mais ágil.
As preocupações dos cidadãos
A iniciativa teve um extenso processo de avaliação formal iniciado em março de 2019. Na etapa de participação cidadã, recebeu mais de 1.800 observações da comunidade, e a consulta indígena se estendeu por mais de dois anos.
Apesar disso, e com o objetivo de reforçar as preocupações cidadãs, o Comitê de Ministros, ao rejeitar a reclamação, concordou em modificar a RCA (Resolução de Calificação Ambiental) obtida em março de 2022.
Francisco Astorga, advogado de 10 pessoas e organizações reclamantes no caso, declarou em consultas à La Radio que estão avaliando recorrer ao Tribunal Ambiental, para o qual têm um mês de prazo a partir da notificação.
Somente quando não houver mais instâncias de reclamação, a empresa poderá decidir sobre o financiamento do projeto e, se as condições permitirem, iniciar sua construção.
Os argumentos do Comitê de Ministros
Entre outros aspectos, o Comitê de Ministros considerou que os antecedentes da avaliação permitiram descartar impactos significativos nas rotas de voo das aves e na fragmentação de habitats, assim como sobre as abelhas e seus processos de polinização.
Em relação ao componente de recursos hídricos e áreas protegidas, indica-se que o projeto teria realizado um correto descarte dos efeitos adversos significativos sobre o manguezal Tubul-Raqui e o manguezal urbano estero El Molino. Independentemente disso, decidiu-se modificar a RCA para reforçar as preocupações cidadãs.
Fonte:BiobioChile.cl