Ñuble terá 11,9% a mais de corta-fogos para a temporada de incêndios florestais
O processo começou na última sexta-feira, com a implementação de corta-fogos no setor Monterrico e Don Ambrosio, em Chillán. Serão 3.775 km de corta-fogos construídos no país, 414 km a mais que no ano anterior.
A Corporação Nacional Florestal (Conaf) de Ñuble iniciou a implementação de corta-fogos nas comunas com maior risco de serem afetadas por incêndios florestais nesta temporada.
Para o período 2024-2025, está planejada a construção de 352,5 quilômetros de corta-fogos em toda a região, o que representa 11,9% a mais que na temporada passada.
O processo começou na última sexta-feira, com a implementação de corta-fogos no setor Monterrico e Don Ambrosio, em Chillán. Ambas as áreas apresentam alta densidade populacional e são vizinhas a terrenos com vegetação irregular e não manejada.
Essas zonas de contenção de incêndios, que consistem em faixas de terreno sem vegetação, visam criar barreiras naturais para evitar a propagação do fogo, protegendo tanto a população quanto os ecossistemas.
Foi a subsecretária de Agricultura, Ignacia Fernández, quem liderou o início da construção desses corta-fogos em Ñuble. A autoridade reforçou a prevenção, destacando que é relevante realizar esses trabalhos "considerando que 99,7% dos incêndios são causados pela ação humana".
"Nos últimos meses, trabalhamos em conjunto com comunidades educativas, associações de bairro e diversos tipos de organizações. Mas também precisamos nos preparar para reduzir as condições e as probabilidades de ocorrência desses incêndios", acrescentou Fernández.
A iniciativa faz parte de um plano nacional de prevenção e manejo de incêndios. Serão 3.775 km de corta-fogos construídos no país, 414 km a mais que no ano anterior.
Ñuble ocupa o quinto lugar nacional na implementação dessas faixas, ficando atrás apenas de O’Higgins (769,1 km), Metropolitana (668,4 km), Biobío (670,1 km) e Maule (389,2 km).
Áreas priorizadas
Todas as temporadas, a Conaf elabora um plano minucioso para direcionar a construção desses corta-fogos nas áreas de maior perigo.
Conforme explicou o diretor regional da Conaf, Juan Salvador Ramírez: "Temos um levantamento comuna por comuna dos pontos mais críticos e vulneráveis, que representam risco para a população".
"Esses trabalhos são realizados nas 21 comunas de Ñuble, em rotas principais com alta ocorrência de incêndios e tráfego de veículos, além de escolas rurais e postos de saúde. Também em zonas de interface com alta presença de moradias próximas a áreas de vegetação", complementou o diretor.
Alguns dos critérios para escolher essas áreas, segundo Ramírez, são técnicos. "Isso corresponde ao maior grau de periculosidade, alta ocorrência de incêndios e alto tráfego, o que não impede, e é o que acontece na prática, que sejam feitos muitos mais quilômetros de corta-fogos de forma preventiva".
Sobre a maquinaria, o diretor acrescentou que "os equipamentos usados nessas obras são máquinas pesadas como skkider, retroescavadeira, cortadores de grama industriais e bulldozer. Além de brigadistas e pessoal dos Programas de Emprego da CONAF, que reduzem o combustível vegetal em escolas e postos de saúde".
"Começamos no início de novembro com a redução de material vegetal combustível, apesar das chuvas que continuam caindo e atrasam algumas limpezas de faixas. Os trabalhos de construção dos corta-fogos regionais terminarão em dezembro", detalhou.
Fonte:La Discusión