Biobío mantém alto risco de incêndios florestais apesar dos números positivos atuais
Autoridades reforçaram a prevenção diante do risco de sinistros, destacando que 95% do território está em risco.
Há preocupação entre as autoridades da região do Biobío devido ao aumento das temperaturas e à iminente chegada do verão, em um contexto onde 95% do território regional apresenta alto risco de incêndios florestais, segundo a última atualização de dados.
Os números, apresentados no Comitê de Gestão de Riscos e Desastres (Cogrid) regional, refletem um cenário animador em relação à temporada atual, com uma redução significativa tanto nas áreas afetadas quanto no número de incêndios registrados até o momento.
NÚMEROS POSITIVOS, MAS COM ALERTA
O delegado presidencial do Biobío, Eduardo Pacheco, destacou os avanços no manejo de incêndios florestais. "Temos 47% menos incêndios em comparação com o ano passado e 97% menos áreas afetadas", afirmou, mas alertou que "não podemos baixar a guarda. Por isso, estamos articulando todos os serviços para garantir uma resposta coordenada e eficaz", disse.
Sobre a mudança de autoridades municipais em dezembro, Pacheco enfatizou a importância de manter a continuidade das ações preventivas. "Solicitei aos secretários regionais do gabinete que atuem como elos em cada município para apoiar o Senapred e a Conaf, que lideram esse processo nas áreas preventiva e operacional", declarou.
Além disso, ele fez um apelo à população para redobrar os cuidados. "Ações aparentemente pequenas, como o uso de soldadoras ou o manuseio de bitucas de cigarro, podem ter consequências graves. Intensificar os esforços é essencial para evitar catástrofes", enfatizou.
ALTO RISCO E RECURSOS OPERACIONAIS
O diretor regional do Senapred, Alejandro Sandoval, alertou sobre a vulnerabilidade da região: "Cerca de 95% do Biobío está em alto risco devido a fatores como vegetação seca, condições meteorológicas adversas e o comportamento das pessoas. Precisamos de uma corresponsabilidade da sociedade para enfrentar essa ameaça".
Por sua vez, o diretor regional da Conaf, Rodrigo Jara, detalhou os recursos disponíveis para a temporada: "Temos 42 brigadas terrestres, incluindo quatro noturnas que entrarão em operação a partir de dezembro. Já contamos com 32 brigadas ativas, com cerca de 360 brigadistas, e esperamos chegar a 530. Além disso, as 11 aeronaves estarão totalmente operacionais antes de 15 de dezembro".
A combinação de altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes torna o Biobío uma região especialmente vulnerável, mas as autoridades reiteram seu compromisso com a prevenção e resposta rápida para minimizar os impactos desta temporada crítica.
Fonte:La Tribuna