Acoforag: autocrítica feita pela WAM confirma que atuam com impunidade
Uma rejeição total provocou a declaração do grupo terrorista Weichán Auka Mapu (WAM), divulgada nas últimas horas, na qual reconheceram crimes ligados ao narcotráfico e ao assassinato de civis.
Segundo indicaram, através de um vídeo com voz distorcida, nos últimos tempos haviam ingressado na WAM criminosos que nada tinham a ver com sua causa indigenista.
Além disso, reiteraram que seus inimigos são as madeireiras, os grandes empresários e toda atividade extrativista, não renunciando ao uso da violência para obter o controle territorial.
René Muñoz, gerente da Associação de Contratistas Florestais, afirmou que a autocrítica feita pelos membros da WAM confirma que atuam com impunidade e que continuarão a fazê-lo. "Isso só vem confirmar que este grupo terrorista é o que participa e comete todos os crimes que temos visto na macrorregião sul. Estamos falando de abigeato, de atentados, de incêndios, de receptação de veículos e também da questão das drogas. A autocrítica representa isso, a declaração pública do que estão fazendo e que provavelmente continuarão a fazer no futuro", declarou.
Sobre essa declaração, o deputado pela Macrorregião Sul e presidente dos Amarillos, Andrés Jouannet, criticou o Executivo por sua passividade, afirmando que o governo que assumir em 11 de março de 2026 terá como missão prioritária erradicar esse tipo de grupo terrorista.
Enquanto isso, o delegado presidencial do Biobío, Eduardo Pacheco, reagiu a essas declarações,as quais classificou como gravíssimas.Aproveitou para expressar total apoio às Forças Armadas que estão atuando nas províncias sob estado de exceção, bem como aos Carabineiros e à PDI. Argumentou que as pessoas só querem viver em paz.
O deputado da DC, Eric Aedo, espera que esses fatos sejam investigados o mais breve possível pela justiça,classificando o vídeo divulgado pela WAM como “carente de valor”,em relação à autocrítica feita pelo grupo radical.
Lembremos que a Ministra Porta-voz do Governo, Camila Vallejo, disse que, independentemente de mensagens ou autocríticas da Weichán Auka Mapu,seria relevante que entregassem os antecedentes à justiça para serem investigados.
Por fim, o promotor Regional de La Araucanía, Roberto Garrido, afirmou que “há uma diferença notória entre este comunicado e outros que conhecemos anteriormente, por exemplo, a quantidade de pessoas que o integram; aqui aparecem apenas cinco indivíduos, enquanto em outras ocasiões vimos grupos muito mais numerosos”.
“Também chama a atenção o escasso uso de armamento nesta ocasião, parece mais que estão tentando fazer uma espécie de lavagem de imagem em relação às ações que estão executando”, acrescentou, segundo registra a UATV.
Por outro lado, indicou que existem várias investigações por atos violentos nos quais membros da WAM estiveram envolvidos.
Fontes:Rádio Sago BiobioChile SoyChile