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Ataque ao Moinho Grollmus: Formalizados viviam a 20 minutos do local do ataque, têm detenções e há menores de idade

Ataque ao Moinho Grollmus: Formalizados viviam a 20 minutos do local do ataque, têm detenções e há menores de idade

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Um dos sobreviventes do ataque contou à Mega Investiga o que aconteceu quando apareceu o grupo de mais de 20 pessoas com coletes à prova de balas e encapuzados.

A Mega Investiga teve acesso a parte do processo de investigação que terminou com 6 pessoas detidas, acusadas de queimar o museu Grollmus, com 110 anos de história. Além disso, são acusados de espalhar o terror na cidade de Contulmo e atacar com armas de guerra 5 pessoas. Em exclusivo, contamos quem são os formalizados e seus vínculos com a Resistência Mapuche Lafkenche.

Na madrugada do dia 29 de agosto de 2022, o Moinho Grollmus — museu da cidade de Contulmo que hoje está em ruínas — era cuidado por seu dono, Hellmuth Grollmus, de 86 anos, seu primo Carlos Grollmus, de 79 anos, e outros 3 colaboradores deste local turístico, reconhecido pelo Estado como patrimônio arquitetônico, com 110 anos de história.

Um dos sobreviventes do ataque contou à Mega Investiga o que aconteceu quando apareceu o grupo de mais de 20 pessoas com coletes à prova de balas e encapuzados: “Eles chegaram em algumas caminhonetes. E uma das caminhonetes entraram imediatamente, e se protegeram atrás do veículo para atirar. Todos estavam comandados por um homem alto que gritava as ordens. Atirem aqui, queimem ali”.

Queimaram relíquias da época, máquinas antigas e toda a estrutura patrimonial que era um ícone da cidade de Contulmo. O primo do proprietário, Carlos Grollmus, foi o mais atingido. Múltiplos tiros e a amputação de sua perna esquerda. Um registro audiovisual que mostra o momento em que ele está no chão viralizou horas após o ataque (ver reportagem).

Hoje, os sobreviventes relatam sua situação pós-traumática. O dono do moinho, Hellmuth Grollmus, faleceu sete meses após o ataque, acamado em sua casa: “Ele já não queria viver. Não queria sair. Arruinaram os poucos anos que lhe restavam de vida. E para o resto de nós que sobrevivemos, a situação é pior. Isso não é vida”.

Quem seriam os culpados?

A Mega Investiga teve acesso ao perfil dos últimos seis detidos pelo ataque que destruiu o moinho. Serão acusados pelos crimes de homicídio frustrado e incêndio. Segundo o Ministério Público, eles enfrentam de 15 anos de prisão a prisão perpétua.

Todos foram detidos na cidade de Cañete, em zonas rurais e urbanas, localizadas a menos de 25 minutos de onde o ataque foi cometido. Homens entre 17 e 42 anos, relacionados — segundo suas redes sociais analisadas na investigação policial — a causas mapuches e ataques incendiários atribuídos ao grupo que atua no cone sul da Região de Biobío, a chamada Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

Álvaro Enrique Reyes Paineo (18 anos): residente na cidade de Cañete. Em 2022, quando teria participado do ataque, tinha apenas 16 anos. Em seu histórico consta um processo pendente por porte de munições. Foi detido em 13 de janeiro de 2022, escondendo cartuchos balísticos em um veículo que tentou fugir. Na mesma operação, foram apreendidos coletes e capacetes à prova de balas.

Luis Ricardo Mora Millabu (18 anos): também vive na cidade de Cañete. Luis é o segundo menor que teria participado do ataque. Hoje, maior de idade, enfrenta a justiça. Mas não é o único processo em seu histórico. Assim como Álvaro Reyes, foi detido portando munições em 13 de janeiro de 2022. Além disso, em 16 de abril deste ano, foi detido por dirigir um veículo roubado (crime de receptação) perto do lago Lanalhue, área constantemente atacada pelo grupo Resistência Mapuche Lafkenche.

Nelson Enrique Alonso Llempi (37 anos): residente na cidade de Cañete, na zona de Huape, próximo ao local onde ocorreu o triplo homicídio de policiais. É investigado por outros casos de ataques incendiários e roubo de madeira.

Dago Andres Reyes Reyes (40 anos): residente no setor da lagoa de Lencan, cidade de Cañete. Em suas redes sociais, aparece em diferentes marchas pela liberação de comuneros mapuches. Também é investigado por outros casos de roubo de madeira e ocupação de terras.

Rodrigo Arturo Valenzuela Canullan (42 anos): o mais velho dos detidos. É casado há 24 anos. Também natural de Cañete, vive no setor do lago Lleu Lleu.

Gerald Anibal Marileo Matamala (30 anos): Gerald foi detido na madrugada desta sexta-feira na zona rural de Cañete, junto com os outros 5 acusados. Ele não consta com antecedentes criminais ou investigações pendentes. Mas em suas redes sociais, compartilha amizade com outros detidos e frequentes visitas a áreas atacadas pela RML.

Entre dívidas e psiquiatras

Quando o ataque ocorreu, em agosto de 2022, a equipe da Mega Investiga visitou a região e conseguiu conversar com os afetados.

“Em parte, é um alívio a detenção dos primeiros suspeitos. Mas nós, as vítimas, estamos mal. Não há ajuda do Estado. Nos endividamos para pagar tratamentos médicos. Além disso, estamos expostos a qualquer novo ataque ou represália”, com essas palavras Cristián Cid, uma das pessoas que estavam naquela noite e que sofreu agressões e um tiro que o deixou sem visão em um dos olhos, resume sua situação atual.

O pai de Cristian, Ramón Nonato Cid, de 77 anos, também viveu os traumas do ataque. Hoje está em tratamento psiquiátrico e sofreu duas paradas cardíacas. Também não recebeu nenhuma ajuda do Estado.

O dono do moinho, Hellmuth Grollmus, faleceu aos 86 anos. Segundo seus próximos, sua morte — sete meses após o ataque — se deveu ao impacto de ter estado perto de ser assassinado e ver o sonho de seu museu destruído pelas chamas. “Ele já não queria viver”, enfatizam.

O primo do proprietário, Carlos Grollmus, foi um dos mais afetados. Após o ataque, sua perna esquerda foi amputada. Hoje está acamado. Seu advogado nos informa que os tratamentos médicos o deixaram endividado, e até agora não recebeu nenhuma ajuda das autoridades.

Cristian Grollmus, filho do dono do moinho destruído, ainda vive no terreno que foi atacado. Está em tratamento psicológico e sob proteção policial 24 horas por dia, por ordem do Ministério Público. Ainda sonha em reconstruir o patrimônio devastado pelo incêndio. Embora reconheça que nunca recebeu ajuda de ninguém.

Já são 11 suspeitos detidos por esses fatos, formalizados na tarde desta sexta-feira, e sua audiência continuará na segunda-feira às 15h. Mas o tribunal emitiu 26 mandados, portanto, há 15 pessoas foragidas associadas à Resistência Mapuche Lafkenche e ao ataque ao moinho que a PDI tentará prender.

“Esses indivíduos participaram diretamente no ataque conhecido como ataque ao moinho Grollmus. Um fato gravíssimo, onde se evidenciou um alto poder de fogo. Segundo nossa investigação, estamos diante de um ato realizado pela conhecida RML”, acrescentou a promotora regional de Biobío, Marcela Cartagena.

Fonte:Meganoticias

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