As opções de propostas analisadas pela Comissão para a Paz e o Entendimento
Um Banco de Terras e diferentes opções para a reparação de comunidades indígenas da Macrozona Sul é o que estaria sendo analisado pela Comissão Presidencial para a Paz e o Entendimento.
Não foi em novembro e, por isso, espera-se que o resultado da instância seja conhecido em meados de janeiro, quando expira o prazo para que os comissionados enviem o relatório ao Presidente da República, Gabriel Boric.
O tema que mais preocupa é a reparação de terras para as comunidades indígenas que existem entre as regiões de Bio Bío e Los Lagos, com milhões de hectares onde hoje até existem cidades.
A senadora republicana e comissionada, Carmen Gloria Aravena, afirmou que se trata de um tema delicado porque há muitos "interesses cruzados", indicando que a restituição não deveria ser apenas de terrenos, mas abrir-se a outras opções.
Assim, diz a parlamentar, as pessoas poderiam escolher entre subsídios, maquinário agrícola e outros. "O que mais me convence é que as pessoas possam escolher o que querem, com o que se sentem reparadas mais do que compensadas no futuro, e que tenham essa alternativa. Subsídio habitacional, maquinário agrícola para desenvolver atividade agrícola quando, efetivamente, o problema não é terra, em alguns casos questões de pensões, aumento das melhorias de pensões, outros tipos de coisas", afirmou.
Um dos pontos que veio à tona através de publicações de La Tercera é a criação de um Banco de Terras e, para cumprir com a reparação, propõe-se um Fundo Financeiro administrado pelo fisco com um orçamento de 3 bilhões de dólares.
A senadora Aravena destacou que o Banco de Terras é necessário, porém, a ideia não convence a Multigremial de La Araucanía.
O presidente do sindicato, Patricio Santibáñez, disse que as propostas aprofundam uma abordagem de política equivocada e que a mudança deve ser radical, indicando que não se pode reparar qualquer um. "Aprofundam uma abordagem de política errada que trouxe tanta violência e destruição de valor econômico e produção. Acreditamos que é preciso fazer uma mudança radical. É a oportunidade de fazê-lo. Continuar, insistir em quantidades de medidas de risco, apenas e a valorização da situação", afirmou.
Enquanto isso, a comissionada Aravena revelou que não há terras suficientes para compensar tudo o que o Estado tem comprometido, considerando que já há mais de 700 comunidades aguardando após obter a aplicabilidade.
Com tudo isso, apenas agora estão sendo conhecidas algumas das propostas, e a Comissão Presidencial para a Paz e o Entendimento tem semanas para concluir um trabalho que começou há mais de um ano.
Fonte:BiobioChile