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Setores agropecuário e florestal, gás e logística concentram o interesse argentino em Biobío

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Trata-se de três setores que abrem uma grande porta de saída e entrada de produtos de e para a Região, mas também para China e Japão, entre outros, como explicou a delegação transandina liderada pelo governador de Neuquén, Rolando Figueroa, no âmbito da rodada de negócios do Plano de Reforço da Indústria Regional.

A rodada de negócios realizada no âmbito do Plano de Reforço da Indústria Regional foi marcada pela atenção às oportunidades e desafios existentes no caminho para fechar o maior número possível de negócios entre Biobío e Neuquén (Argentina).

Neste contexto, as principais áreas de interesse, segundo os representantes transandinos que participaram do evento, correspondem ao setor de energia (gás), logístico, agropecuário e florestal, entre outros, o que representa, por sua vez, oportunidades para as PMEs da região.

O governador da província de Neuquén, Rolando Figueroa, que participou da rodada de negócios realizada em San Pedro de la Paz, destacou que a ideia é que todas as partes possam ser beneficiadas. "Nós monetizamos nosso solo e podemos encher os dutos de petróleo e gás, onde com o petróleo já estamos conseguindo com a refinaria (Enap) em Concepción. Vaca Muerta tem dado um rendimento muito bom e agora consideramos que é preciso dar o passo no gás, no qual o Chile tem uma tarefa pela frente de revisar sua matriz energética e ver de que maneira o GNL intervém na construção dos valores finais, mas existe uma grande possibilidade de que, através do Biobío, o Chile tenha a chance de concretizar outro tipo de fornecimento de gás a um custo menor, não apenas para consumo industrial, mas também para consumo residencial. É preciso considerar que Biobío está a pouco mais de 200 quilômetros do segundo maior campo de gás do mundo, o que acredito ser uma grande chave para gerar progresso".

Gasoduto em 100%

Sobre a possibilidade de encher o gasoduto em 100% até 2026, como disse o ministro da Economia Nicolás Grau, o governador de Neuquén afirmou que "se considerarmos o gás que Argentina e Chile, juntos, consumirão nos próximos 30 anos, temos para oferecer 6 vezes isso. O Brasil já entendeu, assim como Uruguai, Paraguai e os países da Ásia estão entendendo, onde muitas empresas estão se associando para produzir GNL conosco. Então, acredito que o Chile tem uma grande oportunidade, mas depende de qual resolução vocês tomarem para que possam aproveitá-la".

Questionado sobre a oportunidade para Neuquén de exportar gás para a Ásia através dos portos de Biobío, argumentou que "em metros lineares, estamos mais perto do Pacífico do que do Atlântico, onde temos um projeto de GNL muito importante, no qual sairemos por outro porto patagônico, já que está sendo feita uma base de GNL, mas também estão sendo produzidos navios para que, até 2027, saiamos com os primeiros navios de GNL de Vaca Muerta. Também existe a possibilidade de produzir GNL nos navios no Pacífico, mas é um processo de contatos empresariais que precisam ser realizados. Nosso dever como Estado é monetizar o subsolo e reinvesti-lo bem no progresso dos neuquinos".

Em relação ao corte de gás sofrido no passado, Rolando Figueroa garantiu que "neste casamento que foi rompido no que diz respeito ao negócio do gás, há muitos anos, mudou um paradigma em que temos abundância com a possibilidade de explorar os campos não convencionais e acredito que é uma grande janela de progresso para o Chile".

Exportação de frutas e outros produtos agrícolas

Sobre a possibilidade de exportação de frutas e outros produtos agrícolas de Neuquén pelos portos de Biobío, a principal autoridade da província argentina confirmou que "a verdade é que é uma grande porta de saída, por isso trouxemos para a rodada de negócios muitos empresários que estão produzindo muita aveia, que será compactada em uma zona franca para agregar valor e querem sair pelos portos chilenos para a Ásia, China e Japão".

De acordo com o governador de Neuquén, o tipo de empresas que serão necessárias em Biobío por parte de Neuquén vai "desde a indústria do conhecimento, os polos tecnológicos, empresas mineradoras e florestais, entre outros" e ainda aproveitou para dizer que em sua província já contam com uma segunda nave que faz parte de um polo tecnológico em construção.

PMEs neuquinas

Anabel Lucero, gerente geral do Centro Pyme Adeneu, que é a Agência de Desenvolvimento Econômico de Neuquén, reafirmou que o corredor logístico bioceânico é um ponto chave para a vinculação comercial. "O que pretendemos é justamente isso, aproximar as partes para que se materializem e concretizem vínculos para fazer negócios, que é o que as empresas querem", disse.

Questionada sobre as áreas de interesse que as PMEs de Neuquén têm em relação às suas pares em Biobío, a gerente geral do Centro Pyme Adeneu expressou que "o que vimos é que, desde Neuquén, os portos chilenos são muito importantes para, a partir daí, chegar ao resto do mundo, já que é uma via tremendamente importante para quem quer exportar de Neuquén".

"Por outro lado, vemos o interesse das empresas chilenas em relação à produção de gás que a província possui e todas as oportunidades que isso gera. Nós, como Neuquén, sabemos que não podemos fazer isso sozinhos, por isso queremos vincular as empresas para que, entre as PMEs, possam gerar alianças que nos permitam, como disse nosso governador, materializar o potencial que Neuquén tem, o mais rápido possível", acrescentou.

Sobre os desafios para concretizar negócios o mais rápido possível entre as empresas de ambas as zonas, Anabel Lucero afirmou que "há diferentes marcos regulatórios nacionais que eram um grande desafio e que aparentemente isso está sendo resolvido, e acreditamos que isso gerará uma relação mais viável, especialmente para as empresas chilenas que querem investir na Argentina. Mas, por outro lado, facilitar a exportação de produtos nos permitirá uma maior integração com o Chile e poder realizar exportações de produtos neuquinos que, em alguns casos, temos volume, como peras e maçãs, e em outros casos, não temos tanto volume, mas temos muita qualidade, como forragens, carnes e cerejas, onde também temos alguns vínculos ou produções muito similares que também podem ser trabalhadas para alcançar um desenvolvimento logístico melhor para ambas as partes".

Sobre o tipo de PMEs neuquinas que podem ter uma oferta atraente para suas pares de Biobío, a executiva do Centro Pyme Adeneu indicou que "neste caso, empresas comercializadoras de carnes, forragens manifestaram interesse, e há tudo o que pode ser feito em termos de integração turística, onde empresas de turismo se encontrarão para montar propostas conjuntas. Também sabemos que há empresas chilenas interessadas em investir na Argentina na agricultura, já que temos algumas similaridades e com mercados que Biobío já tem desenvolvidos, poderíamos trabalhar de forma conjunta, além do gás, que é o principal interesse hoje, há muitos outros setores que podem ser desenvolvidos".

Roberto Ferrada, presidente da Mesa para o Desenvolvimento do Comércio Exterior (Mesa Comex) de Biobío, em relação ao desenvolvimento do comércio com a província de Neuquén, contou que "evidentemente somos parceiros estratégicos com a Argentina e, em particular, com a província de Neuquén, não apenas com as exportações de hidrocarbonetos que no futuro podem se confirmar, mas também com a importação de insumos para a indústria petrolífera e outras indústrias no território da Patagônia Argentina, onde os portos da região de Biobío e o aeroporto de Carriel Sur podem ser um elemento estratégico fundamental a ser considerado".

Questionado sobre a possibilidade de saída de frutas do território argentino, o presidente da Mesa Comex Biobío indicou que "efetivamente, há entre 10 a 15 anos que estamos aumentando o número de contêineres com mirtilos, maçãs e peras que vêm de Neuquén (Cipolletti) e são embarcados nos portos de Coronel, Lirquén ou San Vicente, algo que fazemos e gostaríamos de aumentar".

Sobre os desafios para os portos regionais, Ferrada apontou que "temos que continuar melhorando a comunicação documental, avançando em sistemas de controle fronteiriço para que seja mais online e digital, onde a carga já venha clarificada desde as plantas onde a fruta é embalada e o caminhão é carregado, com um sistema robusto onde interajam privados, mas também os serviços fiscalizadores públicos de ambas as nações", concluiu.

Fonte:Diario Concepción

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