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Clandestinos na Araucanía: na região há 20 foragidos vinculados à violência rural

Clandestinos na Araucanía: na região há 20 foragidos vinculados à violência rural

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Em 19 de dezembro de 2023, o Tribunal Oral Criminal de Temuco condenou Luis Kalfulican Tranamil Nahuel (33) a 32 anos de prisão pelo assassinato do cabo da Polícia Militar (Carabineros), Eugenio Naín Caniumil, ocorrido em 30 de outubro de 2020 no quilômetro 682 da Rota 5 Sul, na comuna de Padre Las Casas, região da Araucanía.

O crime de Naín, de apenas 24 anos, casado e pai de dois filhos, causou comoção pela frieza com que os autores agiram, matando-o com um fuzil de guerra e munição calibre 5,56, proibida para civis.

Apesar da condenação do único detido neste caso, a família deste pai e esposo ainda sente uma sensação de impunidade ou justiça pela metade. Isso porque há duas pessoas identificadas entre os 20 foragidos da justiça na Araucanía por casos da chamada violência rural, procurados tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil (PDI).

No caso do assassinato do cabo Naín, continuam foragidos Francisco Javier Painevilo Maldonado (28) e Carlos Esteban Cancino Tapia (26), ambos com ordens de prisão pendentes. Apesar dos esforços da Polícia Militar, as buscas foram infrutíferas, pois eles se movimentam constantemente com apoio de "ajudantes".

O advogado Luis Candia, representante da viúva do policial Eugenio Naín, afirmou que o grupo que atacou o agente no dia do crime era composto por sete pessoas armadas: o condenado, os dois foragidos identificados e quatro indivíduos não identificados.

"Infelizmente, após quatro anos, o Ministério Público não conseguiu identificar quem são. Para minha representada, a viúva do Sr. Naín, houve uma satisfação moderada com a sentença e a pena confirmada pela Corte de Apelações de Temuco contra o Sr. Tranamil", disse o profissional.

Candia acrescentou que, em sua opinião, há seis foragidos envolvidos no crime contra o policial, cometido com um fuzil de guerra.

"Pedimos ao Ministério Público que não abandone a investigação, atualmente suspensa temporariamente, o que consideramos inadequado. Esperamos que seja retomada para localizar os identificados. O promotor mencionou saber a região onde podem estar escondidos, mas as polícias não conseguiram capturá-los", afirmou.

O advogado disse que a viúva de Naín só considerará o caso encerrado quando "todos os assassinos envolvidos neste crime vil e covarde forem presos e julgados".

Tráfico de drogas

Outro caso emblemático é o de Jorge Huenchullán Cayul (46), werken da Comunidade Autônoma de Temucuicui (Ercilla), investigado por cultivo de maconha.

Em 9 de fevereiro de 2021, a juíza Sandra Nahuelcura (Collipulli) emitiu ordem de prisão contra ele, mas Huenchullán só foi detido em julho de 2021, internado com COVID-19 no Hospital de Victoria.

Foi preso, mas a detenção durou horas, pois sua advogada, Karina Riquelme, obteve na Corte de Apelações de Temuco uma ordem para suspender a ação.

Em 29 de julho, Huenchullán foi formalizado por tráfico de maconha, porte ilegal de armas e munições. A juíza decretou prisão preventiva, considerando-o perigoso para a sociedade.

A ordem surgiu após uma operação em 7 de janeiro de 2021 na comunidade, onde foi assassinado o inspetor da PDI Luis Morales Balcázar. A polícia encontrou 500 pés de maconha, 12,7 kg da droga prensada, um revólver calibre 22 e munições.

O líder mapuche não se apresentou na prisão de Angol, entrando em "clandestinidade política", segundo sua comunidade, que alega perseguição por seu histórico de liderança.

Também estão foragidos Carolina Padilla Manquel (suposta parceira de Huenchullán) e seu genro, Kevin Espinoza Cifuentes.

O governo na Araucanía

Em 2023, o Ministério Público criou o "Plano Foragidos" para prender condenados ou acusados de crimes graves, mas excluiu casos de violência rural, tratados por uma promotoria especializada.

O ex-delegado presidencial José Montalva (2022-2024) explicou a dificuldade de localizar esses foragidos: geografia complexa, falta de sinal telefônico e baixa visibilidade.

"Investimos em tecnologia e esforços para garantir a presença do Estado nos territórios, enfrentando problemas de segurança e conectividade", disse.

Montalva afirmou que as buscas devem seguir "todas as ordens judiciais, como em um Estado de Direito, pois o trabalho do Ministério Público para reduzir crimes e capturar foragidos é significativo".

Ele destacou que na Araucanía "não há lugares onde o Estado de Direito não chegue, mas há áreas de difícil acesso. O Estado de Exceção deve continuar até que todas as instituições possam atuar livremente".

Associações

Patricio Santibáñez, presidente da Multigremial da Araucanía, reconheceu avanços com mais condenações e ordens de prisão, mas disse que "ainda estamos longe do ideal. O Estado de Exceção tem sido fundamental para melhorar investigações e fazer justiça, mesmo que parcialmente".

Recentemente, a ministra do Interior, Carolina Tohá, entregou à Polícia Militar na comuna de Ercilla um drone moderno (modelo Camcopter S-100) para vigilância e rastreamento.

O equipamento austríaco custou cerca de 7 bilhões de pesos e tem autonomia de 6 horas de voo, superando os 45 minutos dos drones anteriores.

Fonte:BiobioChile

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