Notícias

48,3% da superfície total de Aysén corresponde ao subuso floresta nativa

Sponsors

A atualização do cadastro dos recursos vegetacionais revelou um grande número de espécies dominantes na região, alcançando um total de 306 espécies, das quais 116 não haviam sido detectadas anteriormente.

Cerca de 50% da superfície da Região de Aysén está coberta pelo uso de ecossistemas florestais. Isso é o que se depreende da atualização do Cadastro de Recursos Vegetacionais e Usos da Terra da Região de Aysén.

Segundo informou a diretora executiva da CONAF, Aída Baldini, 48,7% da superfície regional está coberta pelo uso floresta. Desse percentual, 0,33% corresponde a plantações florestais, 48,3% a Floresta Nativa e 0,02% a florestas mistas.

Ela acrescentou que, na Região de Aysén, destaca-se que o monitoramento anterior foi publicado há mais de 10 anos, por isso era necessário e esperado obter uma nova cartografia e superfícies associadas a cada uso da terra, com a distribuição da floresta e seus variados tipos florestais. Aproximadamente 49% da superfície é de uso florestal, seguido pelo uso pastagens e arbustos com 25% da superfície regional. Em seguida, os usos da terra que ocupam maior área são as áreas desprovidas de vegetação, com 9,1%, e neves e geleiras, com 11,2% da superfície regional.

Extensão da floresta

Em relação à extensão superficial dos diferentes usos da terra, o mais extenso é a Floresta, com uma superfície total de 5.189.923,7 ha, destacando-se dentro desse uso a floresta nativa, com 5.152.384,3 ha, seguida pelo subuso plantação florestal, com 35.473,6 ha, e floresta mista, com 2.065,9 ha. O próximo uso de relevância é pastagens e arbustos, ocupando 2.606.729,0 ha, e depois o uso áreas desprovidas de vegetação, com 1.141.667,8 ha, onde se destacam as terras acima do limite altitudinal vegetacional, com 1.009.402,5 ha, seguidas pelo uso neves e geleiras, com 1.114.497,1 ha. Por outro lado, o uso terrenos agrícolas cobre mais de 37 mil ha, e o uso zonas úmidas ultrapassa 106 mil ha. Quanto ao uso áreas urbanas e industriais, este alcança 6.468,7 ha.

O cadastro de recursos vegetacionais permite, além de atualizar os usos da terra, conhecer a superfície de florestas e vegetação em geral, e contribui com informações que ajudam a precisar e gerenciar os serviços ecossistêmicos regionais, como a produção de madeira, a produção de água, a proteção do solo, a captura de carbono, a provisão de habitat para a vida silvestre e as oportunidades de recreação, contribuindo assim para a mitigação das mudanças climáticas.

A apresentação dos resultados na região foi liderada pelo diretor regional da CONAF, Ronald Valenzuela, e pela chefe do Departamento de Monitoramento da Gerência de Fiscalização da Corporação, Francoise Pincheira, que destacaram a importância de contar com dados atualizados para uma melhor gestão das florestas desta região.

Na Região de Aysén, foram identificados quatro tipos florestais que compreendem a totalidade da superfície de floresta nativa. São eles: Cipreste das Guaitecas, Lenga, Coigüe de Magalhães e Sempre-Verde. O tipo florestal dominante é o Sempre-Verde, cobrindo 2.552.613,1 ha, o que representa 49,5% do total de floresta nativa regional, seguido pelo tipo florestal Lenga, com 1.409.259,7 ha, equivalente a 27,35% do total de floresta nativa regional. O tipo florestal Coigüe de Magalhães cobre 882.420,0 ha, com 17,1%, e depois o tipo florestal Cipreste das Guaitecas, com 308.091,5 ha, representando 6% da floresta nativa regional.

Identifica-se um grande número de espécies dominantes na região, alcançando um total de 306 espécies, das quais 116 não haviam sido detectadas anteriormente. Além disso, detectam-se espécies classificadas em categorias de conservação, seja em estado Vulnerável, Em Perigo ou Perigo Crítico. Estas correspondem a: Asplenium trilobum; Austrocactus patagonicus; Maihueniopsis darwinii; Pterocactus australis; Pterocactus hickenii; Schinus marchandii.

Tundras magalhânicas

A maior diferença registrada entre a camada da segunda atualização do Cadastro dos Recursos Vegetacionais dos anos 2010 e 2023 ocorre no subuso Tundras Magalhânicas, que em 2010 não estava representado, enquanto na atualização cobre 13,9% da região. Principalmente, o uso atual de Tundras Magalhânicas provém, em 51,86%, do uso que em 2010 era representado como "Pastagens e Arbustos", associado aos subusos Arbusto-Pastagem; Arbusto e Arbusto Arbóreo.

Também há uma diferença positiva de aproximadamente 750 mil hectares entre a superfície de Floresta Nativa declarada para os anos 2010-2011 (41,2%) e 2023 (48,3%), o que se explicaria pelo maior nível de ajuste envolvido na definição das unidades (0,5 ha) e pelo trabalho de digitalização apoiado com imagens SENTINEL e Google Earth. Isso também teve repercussões a nível de Tipos Florestais, particularmente no tipo "Sempre-Verde" e "Cipreste das Guaitecas", onde as diferenças positivas registradas devem-se principalmente às retificações realizadas na fotointerpretação manual das unidades vegetacionais, apoiada por imagens de alta resolução e pelas campanhas de campo que facilitaram a identificação mais precisa das espécies dominantes.

As informações relacionadas à atualização do Cadastro de Recursos Vegetacionais e Usos da Terra da Região de Aysén estão disponíveis para acesso e download através da plataforma SIT CONAF, sit.conaf.cl.