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Apenas duas detenções foram realizadas em 956 queixas apresentadas entre 2022 e 2024 por incêndios florestais

Apenas duas detenções foram realizadas em 956 queixas apresentadas entre 2022 e 2024 por incêndios florestais

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A Unidade de Análise e Diagnóstico da Corporação Nacional Florestal está autorizada a realizar investigações de incêndios florestais, e seus resultados são repassados ao Ministério Público. Com seus métodos, é possível reconstruir o avanço do incêndio através da leitura dos vestígios e marcas deixadas pelo fogo.

Uma crítica importante está sendo feita pelos produtores florestais em relação à investigação das origens dos incêndios, já que acusam uma baixa capacidade de obtenção de resultados.

Foi o que comentou Ramón Figueroa, presidente do Departamento de Proteção Florestal da Corma, indicando que no Chile as investigações são responsabilidade das polícias e promotorias, que trabalham para determinar as causas e eventuais responsáveis. “No entanto, a maioria dos casos é arquivada sem que os responsáveis sejam identificados”, afirmou.

Como exemplo, Figueroa citou o que ocorre na Espanha, onde mais de 20% dos incêndios denunciados resultam em responsáveis condenados. “Lá, quando são enviadas brigadas e recursos de combate, também são designados profissionais para investigar a origem do incêndio desde o primeiro momento. Essa ação rápida é crucial para coletar evidências antes que se percam”, explicou.

A Corma afirmou que “acreditamos ser fundamental que a nova Lei de Incêndios, atualmente em tramitação legislativa, inclua mais atribuições para fortalecer e agilizar esse trabalho investigativo, como ocorreu com a Lei de Roubo de Madeira. Entre 2022 e 2024, as empresas florestais apresentaram mais de 956 queixas e denúncias, com apenas duas detenções, o que reflete a urgência de melhorar esse processo”.

Sobre o método de investigação atual, Ramón Figueroa afirmou que há muito a avançar, destacando que “uma das principais falhas é o atraso no início das investigações. Em muitos casos, elas começam meses ou anos após o incêndio, o que dificulta enormemente a obtenção de provas. As primeiras horas de um incêndio são cruciais para coletar evidências”.

Para o presidente do Departamento de Proteção Florestal da Corma, se não houver ação oportuna, fatores como chuvas ou tráfego na área podem destruir as provas disponíveis. “Em comparação, na Espanha, profissionais são enviados para investigar os incêndios ao mesmo tempo em que as brigadas de combate são despachadas, o que aumenta significativamente as chances de sucesso nas investigações”, ressaltou.

A experiência do Departamento de Proteção Florestal da Corma indica que, entre os indícios mais frequentes de intencionalidade, estão: múltiplos focos de início em áreas estratégicas para maximizar o dano, evidências físicas (acelerantes, artefatos incendiários), pegadas de sapatos ou veículos, testemunhos de pessoas que observaram movimentos suspeitos antes do incêndio e padrões de ignição e propagação do fogo.

“As empresas florestais colaboram ativamente com as polícias e promotorias, disponibilizando todo o material de que dispõem, como câmeras de detecção, imagens capturadas por drones e depoimentos de brigadistas que estiveram no local. Essas ferramentas permitem fornecer informações valiosas para as investigações e apoiar a identificação de possíveis causas ou responsáveis”, afirmou a Corma.

A Unidade de Análise e Diagnóstico (UAD) da Corporação Nacional Florestal (CONAF) é a responsável por investigar incêndios florestais, e seus resultados detalhados são repassados sob sigilo ao Ministério Público. “Quanto à metodologia utilizada, destaca-se o Método das Evidências Físicas e suas etapas, que, aplicado de forma metódica e sistemática em todos os incêndios, permite determinar a área de origem e sua causa”, detalhou a Conaf.

Na Região do Biobío, foram investigados 647 incêndios florestais no período 2023-2024. A análise determinou que 56% foram intencionais, 40% por negligência, 3,6% por acidente e 0,4% por causas desconhecidas”, informou a Corporação Nacional Florestal.

Fonte:Diario Concepción

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