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"Nossa luta continuará": WAM reconhece que membros participaram em assassinatos e tráfico de drogas

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A Weichán Auka Mapu (WAM), organização guerrilheira cujo nome traduzido do mapudungun significa “Luta do Território Rebelde”, divulgou um comunicado em vídeo no qual faz um mea culpa pela participação de membros seus em assassinatos e tráfico de drogas.

No registro audiovisual divulgado por e-mail, primeiro aparece um dos membros falando em mapudungun com a voz distorcida na edição posterior, que saúda o povo mapuche e homenageia seus ancestrais, afirmando que a luta “continuará até recuperar nosso território”.

“Saúdamos todos os nossos combatentes mapuches presos por causa política. Hoje nos reunimos neste morro, defendemos a terra para continuar lutando na defesa de nossos territórios, assim como fizeram nossos ancestrais lutadores Caupolicán, Lautaro (…) e muitos mais. Alguns caíram lutando pela defesa do território, é por isso que nos encontramos hoje para que siga avançando em nosso pensamento, apesar de tudo o que passamos como povo”, diz o homem em uma cena gravada no meio de uma floresta junto a outros quatro integrantes da WAM.

E acrescenta:

“Por isso estamos neste morro, espaço de muita força espiritual, para seguir avançando nossa forma de luta. Nossa luta continuará até recuperar nosso território, por isso estamos aqui para entregar uma saudação, um fraterno e afetuoso saludo ao mundo mapuche e seus combatentes, aos seus justiceiros de todos os espaços”.

Em seguida, um segundo membro que aparece no vídeo procede a ler um comunicado, desta vez em espanhol e também com a voz distorcida para evitar serem descobertos.

“Desde 2015, quando expressamos nossos princípios ideológicos com acertos e erros, compartilhamos nosso caminhar com a rebeldia e o compromisso solidário do povo chileno”, afirma.

Acrescentando que “na memória social contra a ditadura no Chile, o povo mapuche ocupa um espaço importante. Basta ver nas listas de executados e desaparecidos os nomes de mulheres e crianças mapuches que, como muitos, colocaram suas vidas à disposição da luta contra a tirania”.

“Da mesma forma, hoje pessoas e famílias huincas, que abraçam nossa causa e a fazem sua, sofrem muitas vezes as consequências das repressões e perseguições estatais. No entanto, a dinâmica sobre o objetivo a perseguir é determinada pelos LOF em resistência, as diretrizes estruturais de libertação dos territórios são definidas pelas comunidades em resistência, os mapuches e seus combatentes”, ressalta.

Após essa primeira parte do comunicado escrito, a organização faz um mea culpa pelos crimes cometidos por membros seus.

“(…) Devido a graves fatos ocorridos há algum tempo nesta região, e diante das críticas feitas à nossa organização, vemo-nos na necessidade de esclarecer sobre os fatos inegavelmente reais: como a morte de civis e o tráfico de drogas, assim como o roubo de veículos. São fatos que mancharam a digna luta confrontacional que, recentemente, o movimento mapuche autonomista, do qual somos parte ativa, tem levado adiante”, ouve-se no material audiovisual que dura quase 6 minutos.

Além disso, manifestam que “como Weichán Auka Mapu assumimos que as pessoas que estiveram ligadas em algum momento à nossa organização se envolveram nesse tipo de fatos, distanciados de toda ética revolucionária. Fatos que não fazem parte nem farão parte dos princípios de nossa organização”.

Fonte:BiobioChile

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