Avança a criação do Serviço Nacional Florestal
- Em uma sessão especial, o Senado aprova artigos-chave para a formação do Sernafor, prometendo uma nova era na gestão florestal do país.
Após uma sessão especial das Comissões Unidas de Agricultura e Meio Ambiente, o Senado do Chile deu um passo significativo para a criação do Serviço Nacional Florestal (Sernafor), aprovando os primeiros artigos do projeto de lei que visa substituir a atual Corporação Nacional Florestal (CONAF). A reunião, que ocorreu na última quinta-feira, 7 de março, em Valdivia, capital da Região de Los Ríos, concluiu com a aprovação das disposições que definem o objetivo, alcance e funções da nova entidade.
O ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, destacou o progresso do projeto, afirmando que está no "caminho certo" da discussão desta iniciativa, que busca estabelecer uma institucionalidade moderna, capaz de equilibrar a conservação com o fomento produtivo. Valenzuela enfatizou a importância do diálogo com todos os setores envolvidos, incluindo a indústria, ONGs ambientais e a academia, para avançar em benefício do país.
A sessão contou com a presença de autoridades governamentais e legisladores, incluindo o diretor executivo da CONAF, Christian Little, que afirmou que o trabalho realizado busca fortalecer o Estado nas áreas florestal, ambiental e social, com um compromisso especial na luta contra as mudanças climáticas e o desenvolvimento territorial. Little ressaltou a necessidade da nova entidade pública, dada a limitação atual da CONAF como uma corporação de direito privado.
O senador Iván Flores, presidente da Comissão de Agricultura e representante da Região de Los Ríos, destacou a seriedade do trabalho e a participação de todos os setores para alcançar uma institucionalidade robusta que regule, fiscalize, promova e proteja o papel social das florestas no Chile.
O impulso definitivo para a tramitação do projeto de lei do Sernafor ocorreu durante o lançamento do Plano Nacional de Prevenção, Mitigação e Combate a Incêndios 2023-2024, quando o Presidente Gabriel Boric anunciou a urgência máxima para a iniciativa. Essa decisão foi motivada pelos devastadores incêndios florestais da temporada 2022-2023 e seus impactos na população e na atividade silvoagropecuária.
Com a aprovação desses artigos, o Chile avança rumo a uma gestão florestal mais eficaz e alinhada com os compromissos internacionais em matéria de mudanças climáticas e conservação ambiental.