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Análise da Conaf revela que 47% de 400 incêndios florestais foi intencional

Análise da Conaf revela que 47% de 400 incêndios florestais foi intencional

  • A instituição trabalha em estabelecer a origem dos focos, tarefa que também permite determinar quais são as medidas preventivas ótimas. Para este ano, o objetivo é investigar um total de 580 sinistros. 

Com o fim do período de verão, o balanço feito pelas autoridades sobre a temporada 2023–2024 de incêndios florestais no Biobío continua sendo positivo. Isso foi anunciado durante a jornada de quarta-feira, 13 de fevereiro, no setor de Quebrada Honda, na comuna de Tomé, onde ocorreu o sinistro chamado Quebrada Honda 2, que afetou 0,6 hectares de plantação, principalmente de eucalipto e vegetação rasteira.

Esse incêndio faz parte dos que estão em processo de estudo, gestão liderada pela Unidade de Análise e Diagnóstico da Corporação Nacional Florestal (Conaf), cujo objetivo – conforme explicou seu diretor regional, Rodrigo Jara – é definir a origem dos sinistros e, com isso, orientar as campanhas de prevenção.

O objetivo para este ano é identificar a causalidade de pelo menos 580 focos, e até o momento o organismo já avançou em 400 deles, detectando 47% de intencionalidade.

PRINCIPAIS NÚMEROS

O diretor da corporação explicou que a unidade tem como meta a investigação de 580 incêndios. Até agora, já foram analisados cerca de 400, detectando um percentual de intencionalidade de 47%, enquanto no ano passado foram investigados 426, cujo índice de dolo atingiu 56,1%.

Sobre esse trabalho, a delegada presidencial regional, Daniela Dresdner, destacou que “a meta que a Conaf estabeleceu é uma das mais altas de todas as regiões do país. Esse trabalho também produziu bons resultados durante esta temporada, e essas são boas notícias para a Região do Biobío. Estamos falando de uma redução de 97% em relação à temporada passada”.

Da mesma forma, foi revelado que há uma redução de 27% na ocorrência em comparação com 2022–2023. “Hoje, há 1.200 incêndios com 5 mil hectares afetados, o que representa 98% menos de área atingida. Foram números bons, mas a temporada ainda não terminou, ainda temos verão e um outono bastante seco pela frente. Nossas brigadas vão continuar trabalhando até o final de maio”, afirmou o diretor Rodrigo Jara. O trabalho iniciado após a catástrofe florestal de 2023, que inclui a preparação de comunidades, escolas e associações de bairro para a realização de patrulhas comunitárias, é uma das ações fundamentais que ajudaram a reduzir os números, conforme destacou a delegada Dresdner, embora a coordenação entre os atores estatais também seja relevante.

“A coordenação com a Corma (Corporação Chilena da Madeira) é absolutamente essencial para os resultados; com as Forças Armadas, Carabineiros do Chile e com os municípios para realizar patrulhas alinhadas com os planos que a Conaf estabeleceu”, declarou. Apesar dos números positivos divulgados, as autoridades reiteraram o chamado para continuar agindo na linha da prevenção e da corresponsabilidade, a fim de evitar novas emergências.

UNIDADE DE ANÁLISE

Camila Álvarez, integrante da Unidade de Análise e Diagnóstico da Província de Concepción, explicou que “o processo começa com um trabalho de gabinete, onde são analisadas diferentes variáveis meteorológicas; acesso aos incêndios, topografia, e depois vai a campo, onde se observa a evidência física deixada. Com base nisso, determina-se para onde o fogo avançou e chega-se a uma área delimitada, na qual é realizada uma investigação mais minuciosa para determinar a origem”.

A especialista também indicou que, junto com a evidência física, “realizamos entrevistas com os primeiros respondedores, vizinhos e diferentes atores relacionados aos sinistros, além de analisar indicadores de atividade da zona; plantações ou se é um setor recorrente, e diferentes atividades que possam ocorrer nas propriedades próximas à área afetada”.

Fonte: Diário El Sur

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