Contratantes florestais questionam estratégia de reflorestamento do Chile
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Desde a Acoforag A.G., afirmaram que estão cientes da importância de trabalhar com cautela, parando as atividades quando surgem condições extremas que favorecem a propagação desses incêndios.
O gerente da Associação de Contratantes Florestais, René Muñoz Klock, indicou que atualmente consideram que não houve um impulso para o reflorestamento do país após os incêndios florestais da temporada passada. No entanto, reconheceu que, em Biobío, a coordenação para controlar a ocorrência desses incêndios conseguiu reduzir essas emergências nesta temporada. O líder projetou que, com os incêndios florestais da temporada passada e da anterior, veem um cenário sombrio: "Não se vê um panorama animador em termos da recuperação das florestas e dos terrenos em geral que o país possui para aumentar ou começar a reflorestar o que foi perdido".
"Não há uma ação decidida do Governo de que essa recuperação deva ser realizada. Não há programas concretos de subsídios, que são o suporte e a preocupação do Estado para recuperar as florestas perdidas", criticou.
Segundo os cálculos do grupo, "perderam-se cerca de 250 mil a 300 mil hectares entre os incêndios de 2017, de 2023 e os desta temporada". Sobre a prevenção desses incêndios, Muñoz Klock reconheceu que "há uma melhora na coordenação que deve existir entre o setor privado e o Governo. Isso tem se refletido em áreas sempre afetadas por incêndios". "Diferente foi o caso do que ocorreu no norte, em Valparaíso, que poderíamos dizer ser uma zona florestal", comparou.
O gerente da Acoforag A.G. explicou que "as lições deixadas pelas temporadas passadas e a proatividade demonstrada são um bom sinal de que, quando há coordenação, atitude e vontade, podem-se alcançar melhores resultados". "A prevenção em termos de vigilância nos dias em que o clima favorece a propagação dos incêndios tem sido notada", valorizou o porta-voz dos prestadores de serviços do setor.
"Acreditamos que é isso que deve ser seguido, porque o recurso florestal precisa ser cuidado. Gera muito emprego", afirmou o coordenador dos contratantes florestais em nível nacional. Ele acrescentou que a atividade silvícola também contribui por meio do abastecimento das indústrias que processam, comercializam e exportam esses insumos, destacando que esses processos "são bons para o país".
Sobre a disponibilidade de trabalhadores no setor de contratantes florestais, mercado que diminuiu devido a problemas de insegurança para quem operava em zonas de conflito, principalmente na Macrozona Sul, colocando em risco a segurança dos colaboradores do setor, René Muñoz Klock observou que "parte dos conceitos que nós, como contratantes florestais, seguimos é que, em condições extremas, as atividades são paralisadas".
O representante da Associação de Contratantes Florestais A.G. afirmou que "todos estamos cientes de que qualquer faísca que salte devido ao contato da madeira ou máquinas com pedras pode causar um incêndio imediatamente". "Com condições extremas, as florestas, onde trabalhamos, podem queimar", alertou. O gerente da Acoforag A.G. disse que "hoje, os trabalhadores e os contratantes florestais têm a consciência de cuidar de sua fonte de trabalho".
"O trabalho nas florestas e as precauções nelas são conceitos que sempre seguimos, ainda mais agora", enfatizou o gerente do grupo de trabalhadores do setor silvícola nacional. Ele acrescentou que essa preocupação se manifesta, especialmente quando "as condições se agravam e podem aumentar o risco de incêndios. Nosso trabalho depende das florestas, e nós as cuidamos".
Fonte:www.latribuna.cl