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Arturo Jorquera, subgerente da Arauco Trading: 2023 foi um ano para esquecer para o setor florestal

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• Executivo analisa em “Conversando com a Acoforag” o ano difícil para a indústria florestal e as perspectivas de recuperação.

O ano de 2023 foi particularmente desafiador para a indústria florestal, marcado por uma demanda decrescente e preços em queda a nível global. Assim afirmou Arturo Jorquera, Subgerente da Arauco Trading, que participou da edição número 35 de “Conversando com a Acoforag” e forneceu uma análise detalhada da situação e das possíveis estratégias para enfrentar esse cenário adverso.

Ele destacou que, no ano passado, a indústria florestal experimentou uma queda significativa na demanda e nos preços de seus produtos, tanto em mercados internacionais-chave como Estados Unidos e China, quanto no âmbito local. A madeira, em suas diversas formas, e os painéis sofreram um impacto considerável, fechando o ano com números negativos. Até mesmo o palet CP, um ator relevante no mercado de paletes, não foi imune às quedas de preços.

Acrescentou que, no Chile, a construção civil, um setor intimamente ligado à indústria florestal, também passou por um período de poucos projetos novos, o que resultou em uma diminuição de 30% a 40% na demanda do varejo em comparação com um ano normal. “Essa situação se refletiu em uma redução de preços, complicando ainda mais o cenário para produtores e distribuidores de madeira e produtos derivados”, ressaltou.

Apesar dos desafios, Jorquera indicou que alguns atores do setor conseguiram superar a crise graças a uma gestão ordenada e previsora. As grandes empresas, com abastecimento próprio, e alguns médios, com capacidade de compra, conseguiram enfrentar melhor a situação. No entanto, os pequenos produtores enfrentam maiores dificuldades para acessar o abastecimento, dominado por grandes fundos de investimento e proprietários menores.

Jorquera sugeriu que é crucial encontrar formas de permitir que os pequenos produtores acessem os volumes de oferta controlados pelos fundos de investimento. Além disso, propõe uma reestruturação do setor, onde os empresários possam se unir para reduzir o volume de compra e, em vez disso, escalar na cadeia de valor agregado, produzindo produtos de maior qualidade e retorno.

O ano de 2023 foi um ano de lições duras para a indústria florestal. A recuperação dependerá da capacidade do setor de se adaptar às novas condições do mercado e de inovar na criação de produtos com maior valor agregado. A colaboração entre os diferentes atores será fundamental para superar os desafios atuais e construir um futuro mais promissor para a indústria.

A entrevista completa está disponível no canal do YouTube da Acoforag e em nossas redes sociais: