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Crise no setor florestal: Valor dos seguros na indústria triplicou desde 2022 e oferta atual é quase nula

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• Várias resseguradoras, além disso, optaram por sair do mercado chileno e dos riscos florestais, segundo uma análise da GPS Corredores de Seguros. Mais uma consequência do que alguns têm chamado de "recolhimento" da indústria.

Uma grave crise impacta a indústria florestal. Segundo dados da Corporação Chilena de Madeira (Corma), em 10 anos o setor reduziu-se em 14% e 700 mil hectares foram queimados.

"As empresas contratadas do setor enfrentaram mais de 400 ataques, muitos dos quais resultaram no fechamento dessas empresas", disse na semana passada Juan José Ugarte, presidente do sindicato, ao El Mercurio.

Em 2022, "tínhamos cerca de 2,3 milhões de hectares plantados, mas os dados do final do ano passado mostram que hoje esse número está abaixo de 2 milhões de hectares", afirmou Luis Felipe Gazitúa, presidente da Empresas CMPC, ao jornal El Sur.

"Na medida em que isso não mudar — acrescentou, referindo-se à crise geral do setor — será cada vez menos atrativo ter um investimento desse tipo no Chile. Somos uma empresa global e, se no Chile não houver condições, bem, as buscaremos em outro lugar".

E é justamente no meio desse "recolhimento" da indústria, como alguns também têm chamado, que os seguros dispararam. Segundo uma análise da GPS Corredores de Seguros, as taxas triplicaram desde 2022 até agora. Assim, afirmam que, se até alguns anos atrás era possível encontrar taxas entre 8 a 12 por mil, hoje os valores variam de 25 a 30 por mil.

"Hoje, as principais resseguradoras têm saído do mercado chileno e dos riscos florestais, como Munich Re, Transatlantic Re e Swiss Re", revela Luis Alberto Alcalde, Gerente Geral da GPS Seguros. "No meio desta crise, a única empresa que está oferecendo cobertura para este segmento é a HDI, com o apoio de sua matriz alemã.

Tudo isso com limites de cobertura de até aproximadamente UF 200.000", acrescenta Alcalde.

A GPS Corredores indica que, no mercado ressegurador, já estão surgindo algumas alternativas às apólices tradicionais. São os seguros paramétricos, que estabelecem um ou vários parâmetros e, quando ocorre um dano, a apólice é acionada.

"As áreas de risco cobertas pelo seguro são mapeadas por satélite, juntamente com uma estação meteorológica próxima certificada, que monitora ou valida os parâmetros estabelecidos", conclui Alcalde.

Fonte:www.emol.com