Sponsors

Banner Ponse H
“Há sensação de abandono”: prefeita de Curanilahue e desemprego municipal devido ao fechamento de serraria da Forestal Arauco

“Há sensação de abandono”: prefeita de Curanilahue e desemprego municipal devido ao fechamento de serraria da Forestal Arauco

Sponsors

komatsu Shovel Logger Banner 1
  • Alejandra Burgos afirmou que a dependência do emprego estatal é fundamental em sua comuna e que o fechamento da planta florestal afeta a comunidade. Estima-se 143 demissões e mais de 1.200 pessoas na cadeia total de impactados.

A prefeita de Curanilahue demonstra preocupação após o anúncio do fechamento do Serrador El Colorado em sua comuna. Isso porque afetará 143 pessoas e suas famílias, além de toda a cadeia produtiva de negócios que sua operação gerava.

Em conversa com o Diario Concepción, a chefe municipal pede que a empresa doe a maquinaria que ficaria inutilizada para que os próprios trabalhadores ou outros da região possam se reinventar. Por exemplo, para a instalação de uma fábrica de moradias industrializadas ou para secar madeira.

“Estamos absolutamente entristecidos com a situação das famílias. São cento e quarenta e três pessoas que ficarão sem emprego. 78 que já saíram, e as outras que saem no fim do mês, assim que a planta parar. Isso nos deixa em uma situação bastante complexa em relação ao emprego, porque a exploração florestal é importante na comuna. Sentimos que é uma decisão bastante infeliz por parte da empresa”, disse Alejandra Burgos.

“Entendemos que isso faz parte de um processo de mudança no tipo de madeira que estão produzindo. Lembremos que, em Curanilahue, 75% do nosso território, de 99 mil hectares, está plantado com florestas da Forestal Arauco. Isso implica que grande parte da capacidade produtiva da comuna acaba saindo dela. É levada embora”, acrescentou.

Nesse sentido, destacou Burgos, propuseram ao Governo a possibilidade de modificar a matriz produtiva da comuna, pois, segundo ela, já previam que algo assim poderia acontecer.

“A comuna está muito afetada pela situação, com uma sensação de abandono, como ocorreu em outras épocas da história quando as minas de carvão fecharam e agora o serrador fecha. Hoje, ficamos principalmente dependentes do Estado”, completou.

Este processo é similar ao de Huachipato em Talcahuano, não é?

Isso tem uma evolução muito mais longa e, provavelmente, está relacionado com a vocação produtiva da região. Mas, em particular, e quero ser muito responsável aqui, não podemos ignorar que a empresa ou a indústria florestal na província de Arauco é uma indústria próspera. Eles têm uma planta gigantesca de celulose, que está sendo adaptada para a produção de Mapa, a maior da América Latina, e a matéria-prima principal é o eucalipto, que é o que vemos sendo plantado em nossos campos.

Mas, em termos de efeitos, esta crise se assemelha à do aço, no impacto sobre Curanilahue.

Tem efeitos negativos significativos porque o tipo de emprego que gerava era bem remunerado. Portanto, havia uma parte da população recebendo salários de alta qualidade. Então, sim, tem um efeito, não sei se tão grande quanto o de Huachipato em Talcahuano. Mas o que vai afetar bastante são os fornecedores que prestavam serviços à planta. Sim. E temos uma cadeia importante, como transportadores, serviços de limpeza, alimentação, resíduos, entre outros, que serão afetados, ampliando o impacto.

Além dos empregos diretos, qual é a estimativa da cadeia de impactados?

No total, o impacto na comuna deve atingir cerca de 1.200 pessoas. Seria pior, por exemplo, do que ficarmos sem os programas de emprego atuais, que geram cerca de cinco mil postos. Mas ter essa ‘fonte de trabalho’ do Estado não é o ideal, isso precisa mudar.

Esperamos que isso mude e não tenhamos que depender desse tipo de subsídio ao desemprego, mas sim de fontes de trabalho reais, sem depender apenas de uma ou do Estado.

O que foi proposto à empresa?

Sim, propusemos que a infraestrutura que ficará inutilizada seja reconvertida para reutilização. Estamos prestes a iniciar o Plano de Descontaminação, e esta planta tem secadores grandes, câmaras gigantes que permitiriam empreendedores, talvez até ex-funcionários, gerarem atividade econômica. O mesmo vale para a industrialização de casas – a planta tem estrutura mínima para isso. Poderiam ser construídas cerca de 800 moradias localmente.

Então, a ideia é que a empresa doe a maquinaria...

A empresa demonstrou disposição, pelo menos em conversas com seus diretores, para fazer algo similar ao que foi feito em Licantén, onde a infraestrutura inutilizada foi cedida a terceiros.

E a mensagem ao Governo...

Tenho simpatia pelo Governo, mas não sou oficialista, não tenho partido. No entanto, no mesmo dia do anúncio, comuniquei-me com o Ministro da Habitação para agilizar autorizações pendentes, com Economia para fortalecer empreendimentos dos desempregados e com o Ministério do Trabalho para absorver o desemprego na comuna.

Acredita que o fechamento de plantas como a de Curanilahue ocorre porque as empresas não têm condições de operar em Arauco, como se argumenta?

A empresa busca justificar, mas na prática é reestruturação. Pelas conversas, há tentativas de obter apoio estatal para manter a indústria, especialmente para pequenos proprietários. Mas questiono a postura deles (...) Fatores como a greve em Puerto Coronel influenciam, mas a indústria tem capacidade de planejar a longo prazo. Um comentário pessoal: é má gestão, após anos de subsídios estatais, não se preparar para tempos difíceis.

Fonte:Diarioconcepción.cl

Sponsors

Salfa John deere
Publicação anteriorDrones, sensores e satélites: a luta contra os incêndios florestais na era digital
Próxima publicaçãoCochrane: Inauguram primeiro centro madeireiro que beneficiará produtores de Aysén
Comentarios (0)
Ainda não há comentários.
Deixe um comentário
captcha