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Fechamento do Serrador El Colorado: sindicato busca medidas de reconversão laboral

Fechamento do Serrador El Colorado: sindicato busca medidas de reconversão laboral

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  • O presidente da organização dos trabalhadores, Cristian Meza, enfatizou que buscarão alternativas por meio do Governo, após o anúncio da cessação das operações em Curanilahue.

Desalento entre os trabalhadores é a situação que se vive hoje no serrador El Colorado em Curanilahue, devido ao fechamento total anunciado da planta, o que deve resultar em cerca de 143 demissões até meados de junho próximo.

Segundo a versão da empresa, os motivos são tanto comerciais-operacionais quanto a constante insegurança na região, especialmente pelos incêndios intencionais que, junto com a usurpação de terrenos e a exploração de florestas, reduziram drasticamente as matérias-primas necessárias.

O fato trouxe um grande foco de desemprego, por isso o sindicato do El Colorado assegurou que os trabalhadores que perderam seus empregos serão apoiados com capacitações para se reinventarem, enquanto a Celulosa Arauco afirmou que realocará parte deles em suas instalações.

Diferentes visões

“São muitos desempregados, alguns com uma vida feita na empresa”, lamentou Cristian Meza, presidente do Sindicato Planta El Colorado.

“A situação é triste, pois ninguém esperava. Há um mês, reduziram-nos a um único turno de produção, demitindo 65 pessoas, e na sexta-feira passada a planta parou de funcionar, desligando mais 78 pessoas. Todas essas demissões somam-se a outras realizadas anteriormente. Em meados de junho, o El Colorado fechará definitivamente”, acrescentou.

Outro aspecto das demissões é a antiguidade dos empregados, pois, estando aberta por tantos anos, segundo Meza, muitos trabalharam a vida toda na planta e, pela idade, será difícil se reinventarem.

“A faixa etária dos trabalhadores do El Colorado é muito alta, pois o serrador funcionou por 33 anos e muitos trabalhavam lá há todo esse tempo, então a idade pode impedi-los ou reduzir as opções de encontrar trabalho em outra empresa, além de não haver outra companhia similar na região, o que torna o cenário ainda mais difícil. Como dirigentes, pretendemos não deixar nossos associados desamparados e buscamos possibilidades, através do Governo, de uma reconversão laboral em Curanilahue, permitindo acesso a capacitações para que possam se reinventar”, completou.

Do ponto de vista legal, os trabalhadores estão sendo remunerados com seus respectivos acertos, por isso o dirigente afirmou que “os acertos pagos integralmente foram para as pessoas com mais de 11 anos, e as diferenças de anos foram pagas pelo salário base, então, neste caso, a empresa pagou além do legal”.

Por sua vez, a Celulosa Arauco, em comunicado, informou que, após a redução de um turno em abril, a decisão de fechar o El Colorado deve-se ao aumento das dificuldades operacionais, gerando um problema estrutural de competitividade, somado à falta de segurança no entorno e à queda de matérias-primas.

“Os retornos das operações tornaram-se negativos, pois vendemos para mercados de baixo valor agregado, enfrentamos dificuldades de abastecimento e uma série de custos extras, aos quais agora se somam crescentes dificuldades logísticas (ferroviárias, terrestres e portuárias). Além disso, a cadeia de abastecimento de matérias-primas (toras) também foi seriamente afetada recentemente por usurpações de terrenos, ocupações, roubo de madeira e incêndios dos anos anteriores, além do contexto de violência que ainda afeta a Província”, constava no comunicado.

Além disso, a Celulosa Arauco assegurou que parte dos trabalhadores será realocada em suas diversas instalações e que está disposta a apoiar todos que faziam parte do El Colorado.

Segurança para a região

Alejandro Casagrande, presidente da Corma (Corporação Chilena da Madeira) Biobío-Ñuble, afirmou que o fechamento do El Colorado mostrou o lado mais duro do setor florestal nos últimos anos e lamentou a perda de empregos, que já diminuiu bastante na última década.

“Essas demissões somam-se às mais de 32 mil ocorridas em 10 anos em nível nacional. O setor está em declínio, perdendo competitividade e postos de trabalho”. Além disso, destacou que, como corporação, alertaram constantemente as autoridades sobre o que está ocorrendo, enfatizando a segurança local. “É urgente que o Governo e os parlamentares nos ouçam, precisamos de políticas sólidas para nosso setor. Necessitamos de segurança, retomar o acesso a propriedades que hoje estão com vigilância territorial e controlar a frequência de incêndios que tanto dano causaram”.

Sobre segurança, Casagrande ressaltou que ela é vital para operar de forma ótima nos campos e que uma nova legislação protegendo terrenos seria o melhor para o trabalho na região. “Precisamos de uma lei de fomento para que pequenos e médios proprietários afetados por incêndios voltem a plantar e recuperem seus terrenos. De preferência, uma lei robusta sobre queimadas, caso contrário, os problemas de abastecimento e perda de competitividade aumentarão com o tempo”.

Reutilização dos espaços

O serrador El Colorado é uma planta de grande porte com uma infraestrutura imponente que em breve ficará inutilizada.

Por isso, Alejandra Burgos, prefeita de Curanilahue, conforme informou o Diario Concepción em sua edição de 14 de maio, mostrou-se preocupada com o destino do local e afirmou que já foram pensados possíveis usos para o espaço.

“Propomos que a infraestrutura que ficará sem uso seja reconvertida para que as pessoas possam reutilizá-la. Estamos prestes a iniciar o Plano de Descontaminação, e esta planta possui secadores grandes, câmaras gigantes que permitiriam a empreendedores, talvez até vinculados aos trabalhadores atuais, gerar esse tipo de atividade econômica”, disse a chefe municipal.

“O mesmo em relação à industrialização de casas, e esta planta cumpriria o mínimo necessário para gerar essa produção. São cerca de 800 moradias que poderiam ser construídas localmente, e a infraestrutura permitiria isso”, concluiu.

Fonte:diarioconcepción.cl

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