Comissão para a Paz e o Entendimento avança na resolução de conflitos históricos
- Gloria Callupe comentou no programa “Conversando com a Acoforag” que já foram realizadas mais de 200 horas de diálogo e 30 audiências em regiões-chave para abordar a dívida histórica com comunidades mapuches e outros setores.
No âmbito dos esforços para abordar a dívida histórica com os habitantes das regiões de Biobío, Araucanía, Los Ríos e Los Lagos, Gloria Callupe Rain, integrante da Comissão para a Paz e o Entendimento, revelou no episódio 42 de "Conversando com a Acoforag" os avanços significativos alcançados por esta entidade.
Desde sua criação há quase um ano, por mandato do Presidente da República e com o apoio dos 19 partidos políticos com representação parlamentar, a Comissão realizou mais de 30 audiências nas regiões mencionadas, assim como em Santiago, com o objetivo de ouvir e compreender as preocupações de seus habitantes, tanto mapuches quanto não mapuches.
A assistente social de profissão, responsável pela Unidade de Povos Originários do Governo Regional do Biobío e mestre em Desenvolvimento Humano Local e Regional pela Universidade de La Frontera, afirmou que o trabalho da Comissão, que inclui comissionados ad honorem, tem se concentrado em desenvolver uma abordagem territorial, mantendo reuniões com grupos de interesse que vão desde sindicatos e representantes de setores produtivos até associações mapuches e autoridades ancestrais. Além disso, foram realizados encontros com 22 órgãos públicos, buscando uma perspectiva integral sobre as ações do estado nesses temas.
Ela lembrou que o secretário executivo, representante do governo na Comissão, tem participado ativamente desses esforços, que buscam abrir espaços de diálogo onde os cidadãos possam expressar suas vivências e preocupações. Essas iniciativas fazem parte de um compromisso mais amplo do estado para abordar o mal-estar de longa data e as tensões nessas comunidades.
Com mais de 200 horas de trabalho acumuladas, a Comissão pretende compilar todas as informações necessárias para apresentar ao presidente e ao parlamento alternativas ou mecanismos de solução duradouros. Esse processo de escuta e análise é um passo crucial para propor estratégias que permitam uma reparação efetiva e o estabelecimento de uma paz duradoura nas regiões afetadas.
O trabalho da Comissão para a Paz e o Entendimento representa um esforço transversal e colaborativo, que envolve diferentes atores políticos e sociais, e que se soma a outras iniciativas anteriores em busca da reconciliação e do bem-estar de todos os habitantes das regiões envolvidas.
A entrevista completa está disponível nas redes sociais e no canal do YouTube da Acoforag: