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Descartam temporariamente desabastecimento de lenha seca devido a sistema frontal

Descartam temporariamente desabastecimento de lenha seca devido a sistema frontal

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  • “Não temos alerta de que exista um problema de abastecimento, nem de lenha nem de pellet na Região”, afirmou Daniela Espinoza, seremi de Energia. Produtores de Coronel e Concepción detalharam sua oferta disponível para a temporada.

O Ministério de Energia descartou temporariamente um desabastecimento de lenha seca na Região como consequência do sistema frontal que motivou a declaração de zona de catástrofe em Biobío.

Assim, Daniela Espinoza, seremi de Energia de Biobío, afirmou que “em relação ao abastecimento de biocombustíveis sólidos na Região, posso indicar que entramos em contato com grande parte dos produtores e grandes comerciantes de lenha e pellet. Até agora, registramos alguns inconvenientes devido a afetações em alguns produtores, porém, no momento, não se observam efeitos no abastecimento para a região de Biobío, situação que continuaremos monitorando”.

Por sua vez, a chefe da pasta de Energia na região adiantou que “uma vez passada a frente de mau tempo, teremos um diagnóstico mais completo, mas, por enquanto, não temos alerta de que exista um problema de abastecimento, nem de lenha nem de pellet na Região. Além disso, é muito importante lembrar às pessoas que utilizam biocombustíveis que existe um registro de produtores de biocombustíveis com selo de qualidade de lenha através da Agência de Sustentabilidade Energética, onde está a lista com endereço e telefones dos pontos de venda de lenha seca com selo de qualidade na região de Biobío, onde até agora temos 48 produtores e comerciantes registrados”.

Questionada sobre a possibilidade de produtores de lenha afetados pelo temporal poderem concorrer a algum fundo que permita adquirir um forno para secar lenha, a seremi de Energia indicou que “no momento, não há nenhum fundo para infraestrutura de secagem de lenha aberto na região de Biobío”.

Produtores e comerciantes
Flor Gavilán é comerciante de lenha seca em Santa Juana e foi uma das afetadas pelas inundações causadas pelo sistema frontal. “Tudo ficou molhado, então não temos nenhuma lenha seca; a que estava armazenada no galpão foi atingida pela água porque moro ao lado de um caminho que encheu de água e invadiu o galpão”, afirmou.

Perguntada se possuía forno de secagem para avaliar opções de recuperação da lenha, a comerciante de Santa Juana disse que “não temos fornos, e a forma que temos de secar a lenha é através de métodos naturais. No ano passado, com os incêndios, perdemos 30 mil cavacos de lenha, e no Sercotec nos disseram que precisávamos ter fotos da lenha antes e depois para acessar ajudas, então vejo difícil conseguir apoios. Há algum tempo, ganhamos um projeto da Corfo, mas economicamente não poderemos ativá-lo este ano, pois não temos o dinheiro para fazê-lo, e era para compra de lenha e de uma caminhonete para continuar trabalhando”.

Gavilán contou ainda que, com as perdas dos incêndios do ano passado, um crédito do Indap foi perdoado, mas ela tinha outro com o Banco Estado que a obrigou a vender uma caminhonete usada para distribuir seus produtos. “Tive que pedir outro crédito ao Indap para sobreviver no inverno e durante toda a temporada, porque em agosto já não há mais venda de lenha, e tudo é investimento em mão de obra, maquinário e combustíveis, então estamos muito complicados, endividados e trabalhando só para pagar dívidas”, afirmou.

Secador de lenha
Diferente é o caso da JTC Madeiras, que desde 2015 é produtora de lenha certificada e está localizada na Avenida Quiñenco, parcela 13, em Coronel. Eles tiveram a oportunidade de acessar um programa que permitiu adquirir um secador de lenha. “No setor onde estamos, um canal transbordou e houve muitos alagamentos. Aqui temos nossos galpões de armazenamento e maquinário que quase foram atingidos pela água, mas conseguimos continuar abastecendo nossos clientes porque processamos a lenha com dois anos de antecedência, cortada, e depois terminamos de secar em nossas instalações. Como somos um centro integral de biomassa da região de Biobío, vinculado a um programa do Ministério de Energia, conseguimos um projeto que nos permitiu ter um secador de lenha, uma inovação que mandamos fabricar, então a lenha que pode estar úmida vai para o secador, e não perdemos a cadeia”, destacou Ruth Morales, fundadora da empresa junto com seu marido, Jaime Toledo.

Sobre o tipo de lenha que estão comercializando atualmente, a fundadora da JTC Madeiras detalhou que “é lenha de eucalipto, uma mistura ideal para fogões de combustão, que, quando seca, tem maior durabilidade e produz brasas. Tudo o que vendemos está embalado com selo de certificação e qualidade de lenha. Temos o saco de 22 kg a $6 mil e uma rede com lenha de cerca de 20 kg com a mesma qualidade a $5.750, preços mantidos durante todo o ano até esgotar o estoque”.

Ruth Morales lembrou também que atualmente há um alto percentual de lenha comercializada informalmente na região, a maioria com alta umidade ou molhada, e não se sabe sua procedência.

Por sua vez, Luis García, produtor com selo de qualidade de lenha em Concepción, da Rua 7, número 725, Villa Simón Bolívar, Barrio Norte, afirmou que não teve problemas devido ao sistema frontal. “Nossa lenha está toda sob teto, então não tivemos problemas e está toda seca. Começamos a trabalhar em maio deste ano para deixar a lenha pronta para o próximo, onde o processo dura um ano, em que a lenha é armazenada passando por um processo de secagem ao ar livre e, depois, em dezembro e janeiro, quando a umidade não ultrapassa 25%, é guardada em galpões que cumprem os padrões exigidos pela norma para sua certificação”, explicou.

Segundo García, o tipo de lenha que tem à venda atualmente “é eucalipto em três formatos: em sacos, cavacos e cavacões”, concluiu.

Fonte:diarioconcepcion.cl

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