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INFOR junto a Universidades realizam capacitação sobre sistemas silviculturais ecológicos para plantações de coihue e raulí

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• Iniciativa de pesquisa e transferência de tecnologia busca promover práticas florestais sustentáveis focadas em mitigar as mudanças climáticas e melhorar a biodiversidade em plantações dominadas por essas espécies em áreas pré-andinas.

O Instituto Florestal (INFOR) do Ministério da Agricultura, junto com a Universidade Católica de Temuco e a Universidade Austral do Chile, realizou um curso de capacitação voltado a pesquisadores, extensionistas, profissionais e consultores de instituições públicas e privadas vinculadas ao setor florestal, com o objetivo de desenvolver sistemas silviculturais ecológicos que contribuam para a recuperação da biodiversidade e a geração de produtos madeireiros em plantações dominadas por coihues e raulís, iniciativa financiada pelo Fundo de Fomento ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FONDEF).

O curso "Sistemas Silviculturais Ecológicos para Plantações com Dominância de Coihue e Raulí" abordou uma avaliação integral das plantações, contexto no qual os participantes aprenderam a considerar a produção de madeira, a captura e armazenamento de carbono e a diversidade florística em sistemas silviculturais tradicionais e ecológicos.

Pablo Donoso Hiriart, professor da Universidade Austral do Chile e diretor alterno do projeto FONDEF, destacou que a iniciativa busca mitigar as mudanças climáticas e promover florestas produtivas e diversas, propondo um modelo silvicultural aplicável em territórios com uma mistura de plantações convencionais.

“Este sistema de silvicultura ecológica é ideal para proprietários que desejam florestas diversas e esteticamente valiosas, capazes de produzir madeira. É aplicável tanto a proprietários privados quanto a reservas nacionais, florestas fiscais ou municipais, adicionando uma ferramenta valiosa para o manejo florestal”, explicou.

Critérios ecológicos, cobertura permanente

O curso contou com o apoio de diversas organizações, como a Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento FONDEF, a Forestal Arauco por meio de seu centro de pesquisa Bioforest e a Corporação Nacional Florestal CONAF, ocasião em que também foram compartilhadas experiências em produção, técnicas de desbaste e poda em áreas pré-andinas dos Andes.

Para o engenheiro florestal, acadêmico e diretor do Projeto da Universidade Católica de Temuco, Celso Navarro Cárcamo, destacou que “o curso conta com a colaboração de várias instituições para avaliar a biodiversidade, a captura e o armazenamento de carbono, assim como os produtos madeireiros que essas plantações podem render. Com esses insumos, o projeto gera uma contribuição para o desenvolvimento de novos modelos de florestamento, baseados em espécies nativas”.

Enquanto isso, o pesquisador do INFOR, Oscar Larraín, enfatizou que “o inovador e importante deste programa é que ele estabelece as bases para manejar as plantações sob critérios ecológicos e de cobertura permanente, incorporando novos modelos e critérios ao manejo de plantações tradicionais no Chile”.

O especialista lembrou que tanto o coihue quanto o raulí são plantações nativas e afirmou que “devemos continuar avançando no manejo de plantações de outras espécies e incorporar posteriormente as espécies que chegam por um conceito mais sucessional a essas novas plantações que estamos gerenciando e manejando”.

Durante o curso, também foram discutidos os princípios da silvicultura ecológica, que incluem manter ecossistemas em vez de apenas madeira, buscar complexidade, diversidade e continuidade das florestas, manter opções para o futuro, praticar a silvicultura em um contexto de paisagem, entre outros aspectos.