Biobío: Três municípios aprovaram seus planos de emergência e de riscos
- O diretor do Senapred explicou que este ano há recursos para apoiar a gestão municipal na criação e atualização desses planos.
Curanilahue, Santa Juana e Tomé são os três municípios da Região do Biobío que tiveram seus planos municipais de emergência e de redução do risco de desastres aprovados.
Trata-se de instrumentos que, desde o ano passado, são obrigatórios para cada município como parte do plano nacional que busca padronizar a detecção de riscos e as ações estratégicas para reduzi-los em nível local.
O diretor regional do Senapred, Alejandro Sandoval, explicou que vários municípios já possuíam seus planos antes da publicação da lei em 2021.
Detalhadamente, 29 dos 33 municípios do Biobío tinham um Plano Comunal de Emergência (PCE), enquanto apenas 5 possuíam Planos Comunais de Redução do Risco de Desastres (PCRRD). No entanto, quase três anos após a implementação da legislação, Lota, Hualqui, Hualpén, Chiguayante, Yumbel, Contulmo, San Rosendo, Quilaco, Tucapel e Arauco ainda não enviaram nenhum.
REVISÃO DO SENAPRED
"Fazendo um balanço, em nível regional, temos 33% dos documentos em revisão na segunda ou terceira etapa, mas a caminho de ter os Planos de Emergência prontos, e nos de Redução do Risco de Desastres, 60%", comentou Sandoval sobre o avanço dos planos no Biobío.
Até quarta-feira, 29 de maio, Los Álamos, Mulchén, Nacimiento, Penco e Talcahuano tinham pelo menos um dos dois documentos com recomendação técnica aprovada pelo Senapred. Cañete, Lebu, Alto Biobío, Cabrero, Los Ángeles, Negrete, Talcahuano e Concepção apareciam com pelo menos um dos instrumentos em revisão.
Por outro lado, municípios como San Pedro de la Paz, Coronel, Florida, Santa Bárbara, Quilleco, Laja, Antuco, Alto Biobío e Tirúa já enviaram pelo menos um de seus instrumentos, mas não receberam a recomendação técnica, sendo devolvidos com indicações para correções e nova análise. Assim, 3 municípios da região já têm seus dois planos aprovados; 5 têm pelo menos um instrumento aprovado; outros 15 já passaram por algum processo de revisão e 10 não enviaram nenhum documento ao Senapred.
PLANOS MUNICIPAIS
Vale lembrar que o Plano de Emergência busca identificar os riscos, os recursos disponíveis, coordenar respostas de emergência e definir funções dos integrantes do sistema de prevenção e resposta, devendo ser revisado a cada dois anos.
Já o Plano de Redução do Risco, com duração de 5 anos, é um instrumento em que o município avalia os riscos locais, as ameaças e propõe ações estratégicas para reduzir e evitar novos riscos.
Para Sandoval, municípios em situação crítica nesse processo são Quilaco, San Rosendo e Tucapel, por serem pequenos e sem equipe dedicada à gestão de riscos. Embora alguns tenham planos de emergência anteriores, a prevenção não foi priorizada como esperado. Ainda assim, destacou que municípios como Curanilahue e Alto Biobío avançaram bem.
PRATICAR OS PLANOS
Sandoval enfatizou que a elaboração dos planos não é o fim: "Esses instrumentos não resolvem o problema sozinhos, pois podem ficar no papel. Os municípios sempre agiram, mas o plano sistematiza ações e coordenações em um documento padronizado, permitindo monitoramento e profissionalização."
Após a aprovação técnica, o Senapred envia aos municípios um guia prático para implementar o plano, divulgá-lo à comunidade, atualizá-lo e realizar simulados, testando sua eficácia em emergências reais.
Fonte, edição assinatura diárioEl Sur