Crise no sul: Contratistas Florestais denunciam 489 atentados em 11 anos
- A Acoforag expôs perante o Congresso a grave crise de segurança que afeta a indústria e seus trabalhadores, com um chamado urgente à ação.
Em uma exposição perante o Congresso, a Associação de Contratistas Florestais apresentou uma estatística alarmante: desde o ano de 2014, a zona sul do país foi palco de 489 atentados, o que representa uma média de 2,7 incidentes violentos por mês este ano. Esta série de ataques, que inclui a destruição de maquinários e ameaças à vida humana, gerou uma crise sem precedentes na indústria florestal, afetando gravemente os trabalhadores e suas famílias.
A crise, que passou em grande parte despercebida em nível nacional, teve um profundo impacto humano e econômico. Segundo René Muñoz, gerente da Acoforag, aproximadamente 48.000 trabalhadores e suas famílias, somando um total de 144.000 pessoas, sofreram as consequências dessa violência constante. Além disso, a indústria lamenta a perda de quatro trabalhadores assassinados no contexto desses atentados.
Os contratistas florestais, de acordo com a nota da VerticeTV, que desempenham um papel crucial na economia regional e na luta contra as mudanças climáticas, viram seu patrimônio e capital de trabalho desaparecer diante da destruição de 1.780 equipamentos. Um total de 478 empresários relataram perdas significativas, o que ressalta a magnitude da crise.
A situação de insegurança não se limita apenas a Santiago, como tem sido amplamente focado pelo governo, mas também se estende à macrorregião sul, onde 51% das 107 comunas foram afetadas. As comunas de Contulmo, Coyipulli, Lanco e San Juan de la Costa foram cenários de alguns dos atos mais violentos.
Perante a Comissão de Agricultura, Silvicultura e Desenvolvimento Rural, a Associação de Contratistas Florestais solicitou a criação de uma subsecretaria florestal que reconheça a importância do setor e promova o trabalho e o desenvolvimento regional. Esta medida busca não apenas abordar a crise de segurança, mas também fortalecer a indústria frente aos desafios das mudanças climáticas.
A urgência por uma resposta efetiva por parte das autoridades é palpável, e a associação espera que seu chamado ao Congresso seja um passo decisivo para a restauração da segurança e da estabilidade no sul do país.
A matéria completa no seguinte vídeo da Vértice TV: